"A verdade será sempre um escândalo". (In Adriano, M. Yourcenar)

"Quero imaginar sob que novos traços o despotismo poderia produzir-se no mundo... Depois de ter colhido em suas mãos poderosas cada indivíduo e de moldá-los a seu gosto, o soberno estende seus braços sobre toda a sociedade... Não quebra as vontades, mas as amolece, submete e dirige... Raramente força a agir, mas opõe-se sem cessar a que se aja; não destrói, impede que se nasça; não tiraniza, incomoda, oprime, extingue, abestalha e reduz enfim cada nação a não ser mais que um rebanho de animais tímidos, do qual o governo é o pastor. (...)
A imprensa é, por excelência, o instrumento democrático da liberdade."
Alexis de Tocqueville (1805-1859)



terça-feira, 23 de julho de 2013

PONTO DE RUTURA


 
As FFAA estão na fronteira de libertar o país do controle dos corruptos, dos terroristas e de seus cúmplices, ou de se colocarem como seus fiadores definitivos.
Este cenário está sendo o resultado da indecisão da sociedade de sair às ruas para exigir uma intervenção civil-militar, pois mesmo tendo garantia constitucional do direito de não permitirem atos de traição ao projeto de Abertura Democrática, as FFAA ainda insistem em continuar observando o país ser amplamente controlado por um Covil de Bandidos.
Chegamos a um limite em que a sociedade precisa urgentemente se definir sobre que futuro deseja para seus filhos e suas famílias.
Estamos trilhando a estrada que nos levará à consolidação do país como uma corruptocracia fascista que inclui facetas de todos os tipos de ditaduras que já causaram milhões de mortes por onde passaram.
Não há mais o que esperar e não há mais como negociar uma Reforma Política em que seus atores sórdidos fazem parte de um poder público Covil de Bandidos.
Uma falta de atitude coletiva, por omissão ou covardia, significará uma decisão de permitir que o país continue sendo controlado por um Covil de Bandidos com uma crescente impunidade devido à degeneração do próprio poder Judiciário.
Nada do que está sendo constatado sobre a sórdida realidade dos desgovernos petistas e, por extensão, aos desgovernos civis, fraudadores da Abertura Democrática, pode mais ser negado.
O julgamento do Mensalão trouxe à tona o quanto o corporativismo público-privado que protege corruptos e seus cúmplices está incrustado dentro do poder Judiciário, com Tribunais Superiores majoritariamente controlados por um poder Executivo fascista e pelo corporativismo que continua garantindo a impunidade para os maiores responsáveis pela degeneração moral do poder público.
Em qualquer sociedade do mundo, minimamente decente e consciente de suas responsabilidades com a luta por uma verdadeira democracia, já teria surgido um movimento de massa para uma reorganização social interventora, visando o início de uma luta sem tréguas contra um poder público notoriamente infestado de bandidos fantasiados de políticos que, com a cumplicidade de uma parcela minoritária de esclarecidos canalhas, corrompem quase tudo o que está à sua volta.
Neste contundente cenário de degeneração dos mais básicos valores morais que devem sustentar as ações do Estado que é mantido com mais de cinco meses por ano dos que pagam impostos, uma estagnação do dever patriótico respaldado por nossa Constituição, será registrado na história da civilização ocidental com o mais vergonhosa e covarde entrega pacífica de uma sociedade nas mãos de terroristas, bandidos, ladrões e corruptos.
O discurso da “presidenta” perante o papa não traz mais qualquer dúvida sobre o caráter hipócrita e leviano das atitudes desse desgoverno para tirar a atenção das exigências de mudanças feitas por milhões de pessoas, que foram às ruas com centenas de cartazes documentando as variações de um só desejo: a destituição de um desgoverno corrupto-fascista que consolidou a Fraude da Abertura Democrática com a definitiva falência do Estado como indutor de valores morais e éticos, de bem estar social e de um desenvolvimento econômico sustentado.
Também fica evidenciado a cumplicidade da cúpula da Igreja Católica no Brasil com a corruptocracia fascista-assistencialista-estelionatário como instrumento de poder sobre a sociedade.
De um país estruturalmente preparado pelo Regime Militar para figurar entre as nações mais poderosas do mundo em termos econômicos e sociais, sucessivos e estelionatários desgovernos civis nos devolvem, após mais de 25 anos de corrupção ostensiva nas relações público-privadas, um Estado controlado em larga escala pelo assistencialismo comprador de votos, pela corrupção, e pela prostituição da política, seja no âmbito federal, estadual ou municipal.
Não há mais o que esperar.
Ou exigimos nas ruas uma intervenção civil-militar ou testemunharemos as vozes das manifestações emudecerem em um processo de capitulação por omissão e covardia da sociedade em defender o futuro de seus filhos e de suas famílias das garras de uma corruptocracia-fascista.
 
23 de julho de 2013
Geraldo Almendra é Economista.

Nenhum comentário:

Postar um comentário