"A verdade será sempre um escândalo". (In Adriano, M. Yourcenar)

"Quero imaginar sob que novos traços o despotismo poderia produzir-se no mundo... Depois de ter colhido em suas mãos poderosas cada indivíduo e de moldá-los a seu gosto, o soberno estende seus braços sobre toda a sociedade... Não quebra as vontades, mas as amolece, submete e dirige... Raramente força a agir, mas opõe-se sem cessar a que se aja; não destrói, impede que se nasça; não tiraniza, incomoda, oprime, extingue, abestalha e reduz enfim cada nação a não ser mais que um rebanho de animais tímidos, do qual o governo é o pastor. (...)
A imprensa é, por excelência, o instrumento democrático da liberdade."
Alexis de Tocqueville (1805-1859)



sexta-feira, 15 de fevereiro de 2013

REFLEXÕES DE UM ESQUERDOPATA MATERIALISTA, ENTRE OUTRAS QUALIFICAÇÕES

 

Pronto. Fui falar sobre o Sudário no dia 9 de fevereiro, em excelente artigo do impoluto mestre Helio Fernandes, e logo consegui abalar a fé inabalável de um crente na salvação pela morte (dos outros). Quer dizer que a morte e a ressurreição é que salvam.



“O que tem o Sudário a ver com o tema?”, parece ter sido a indignaçã do comentarista.
Só que já falei aqui que não estou preso a tema algum. Fujo pela tangente e falo o que quero, sem que isso tenha “nada a ver”. Ficam irritados, me chamando de esquerdopata, materialista, comunista, seguidor de Moloch, ateu e outras qualificações que aprecio.

Como sabemos de nossa própria experiência em 1964 com os demônios seculares, os subversivos, os comunistas, o melhor caminho para justificar um Estado totalitário é ficar batendo na tecla do Perigo Comunista. Coisa de igrejinha! Parece até a irmã Marta, no refeitório, tendo uma briga com a irmã Louise de Jesus. Que gritaria! E que termos inconvenientes!

Esquecem que não podem controlar a atitude das pessoas, nem mesmo usando doutrinas religiosas. Por exemplo, grupos Zen desconfortados, submetidos a sofrimento psicológico por acusações contra o mestre, líder budista, de 105 anos de idade, sexualmente assediou estudantes femininas por décadas, desde que chegou a Los Angeles em 1962, conforme investigação sobre o guru Joshu Sasaki, manipulando seios e genitália de centenas de jovens nos seus dois centros Zen, na Califórnia e no Novo México. Fantástico, não é?

SEXO?

Afinal, como eles dizem: “Budismo não tem preocupações estilo Cristianismo sobre coisas como sexo”. Ou: “Fora dos acontecimentos sexuais”, declarou certa crente em São Francisco, “meu relacionamento com ele foi dos mais importantes que tive com qualquer um”.

Outro exemplo: “Júri condena terapeuta impostor por abusar sexualmente uma garota que ele aconselhava”. O problema do judeu ultra-ortodoxo Nechemya Weberman, culpado de assalto sexual, é que ele atuava como conselheiro sem estar qualificado para isto.
Mas não é o que fazem carradas de “pastores” evangélicos? Afinal, fêmeas carentes vão procurar aconselhamento masculino, quer em consultórios ou igrejinhas, para quê?

Querem mais exemplos recentes? É só esquecer novelas e parar de assistir as idiotices da TV Globo! Não raras vezes Satã vem como homem afável, como homem de paz.
A Scotland Yard e grupos de supervisão de crianças na Inglaterra recém divulgaram (12 de Jan, 2013) descrições horríveis de mais de 200 casos de abuso sexual em vitimas de apenas 8 anos de idade. pelo famoso apresentador de TV Jimmy Saville, da BBC. Tais abusos ocorreram de 1955 a 2009.

E sacerdotes nas escolas, e pastores nas igrejinhas, acariciando suas ovelhinhas! Tais escândalos derrubaram até o Papa Bento XVI.

PASOLINI

Mas na Itália não é de hoje que Asmodeu atua insatisfeito apenas com sexo. Basta recordar o cineasta Pier Paolo Pasolini. A ideia de que a morte define uma pessoa dificilmente será mais vivida do que no seu próprio caso de paixão e sexo. Seu corpo mutilado foi encontrado num terreno baldio em Ostia, um subúrbio de Roma, em 1975. Seu colega Michelangelo Antonioni declarou que Pasolini tinha se tornado “vítima de seu próprio caráter”.

Para o marido de uma jovem mulher assassinada na Turquia, trata-se de uma severa odisseia.
Sua mulher, de 33 anos, havia dito que gostaria de conhecer algo diferente na ex-Constantinopla, cidade maravilhosa de ruas estreitas, o Istanbul Mall, ver os estreitos de Bosforo e Dardanelos (nada falou sobre outros estreitos). Saiu de Staten Island em janeiro, dizendo que havia conhecido um “guia turístico” na internet, Facebook page, na sua conta Instagram.

Missus Steven D. Sierra nunca mais voltou. Sarai era seu nome. Foi encontrada em fevereiro de 2013, pela polícia de Istanbul, dentro de uma mesquita, com a face dilacerada.
Tem gente que nunca aprende.

15 de fevereiro de 2013
Paulo Solon

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