"A verdade será sempre um escândalo". (In Adriano, M. Yourcenar)

"Quero imaginar sob que novos traços o despotismo poderia produzir-se no mundo... Depois de ter colhido em suas mãos poderosas cada indivíduo e de moldá-los a seu gosto, o soberno estende seus braços sobre toda a sociedade... Não quebra as vontades, mas as amolece, submete e dirige... Raramente força a agir, mas opõe-se sem cessar a que se aja; não destrói, impede que se nasça; não tiraniza, incomoda, oprime, extingue, abestalha e reduz enfim cada nação a não ser mais que um rebanho de animais tímidos, do qual o governo é o pastor. (...)
A imprensa é, por excelência, o instrumento democrático da liberdade."
Alexis de Tocqueville (1805-1859)



segunda-feira, 28 de novembro de 2011

AS PESSOAS DECENTES (E A MINISTRA ELIANA CALMON) QUEREM APENAS, QUE O PODER JUDICIÁRIO SEJA JUSTO.

A ministra Eliana Calmon, corregedora do Conselho Nacional de Justiça, é apenas uma lebre querendo combater o saque que a matilha de lobos permite que se faça ao país. Merece todo o apoio da imprensa, das pessoas de bem e de quem paga imposto nesta aldeia, pois, sendo ela parte do corpo que tenta purgar, representa a ruptura do próprio corporativismo e a opção pela ética.

Acende a esperança de que algo mude neste país, já que os outros casos de nudez que vemos por aí, embora úteis ao país, não passam de bandidos entregando bandidos.

Desde a saída dos militares do poder ocorreram mudanças nos poderes legislativo e executivo; pessoas foram apeadas, mas essa casta permaneceu intocada, mimada com cargos e status pelos chacais dos outros poderes siameses; recebendo uma espécie de “cala-boca”, feita às custas do sangue e da miséria de milhões de brasileiros.

São os únicos homens públicos que podem trabalhar a vida inteira para o crime organizado e, se forem flagrados, serão condenados a cumprir pena em algum paraíso fiscal ou ilha paradisíaca – com o salário garantido pelos otários pagadores de impostos!

Que tal, também, estender essa pena aos policiais corruptos? Como não conseguimos dar igualdade de tratamento aos cidadãos honestos, pelo menos poderíamos dar aos bandidos!

Talvez isso explique a aversão que têm pela palavra aposentadoria, pois, uma vez longe do poder, perderiam todo o paparico, todo o mimo e toda a servidão da CLASSE POLÍTICA e econômica dominante, já que esta NÃO OS ENXERGA COMO PESSOAS, apenas precisa dos cargos que ocupam para ganhar causas e dinheiro. No dia seguinte, seriam abandonados pelos mesmos canalhas que frequentam os seus gabinetes…

Além disso, trabalhando meio expediente, tirando dois meses de férias, gozando licenças a torto e a direito, emendando feriados, rodeados de bajuladores e com o poder de transformar água em pedra, quem precisa de aposentadoria??? Aposentar de quê? Para quê? Seria tédio ou depressão na certa!

Bem avisava Odorico Paraguaçu: os juízes fazem parte daquelas pessoas que usam saia, contra as quais ninguém deve comprar briga; quem o fizer correrá o risco de cair em desgraça ou desonra.

Os outros dois membros que usam saia são o padre e a prostituta. Bela tríade! O que a Ministra Eliana Calmon está tentando fazer é mudar alguma coisa, é tranformar esse trio em dupla.
Helio Fernandes

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