"A verdade será sempre um escândalo". (In Adriano, M. Yourcenar)

"Quero imaginar sob que novos traços o despotismo poderia produzir-se no mundo... Depois de ter colhido em suas mãos poderosas cada indivíduo e de moldá-los a seu gosto, o soberno estende seus braços sobre toda a sociedade... Não quebra as vontades, mas as amolece, submete e dirige... Raramente força a agir, mas opõe-se sem cessar a que se aja; não destrói, impede que se nasça; não tiraniza, incomoda, oprime, extingue, abestalha e reduz enfim cada nação a não ser mais que um rebanho de animais tímidos, do qual o governo é o pastor. (...)
A imprensa é, por excelência, o instrumento democrático da liberdade."
Alexis de Tocqueville (1805-1859)



domingo, 20 de novembro de 2011

SITE DO JORNALISTA MINO PEDROSA EXIBE GRAVAÇÕES DE JOSÉ DIRCEU QUE COMPROMETEM LUCIANO COUTINHO, PRESIDENTE DO BNDES, E ARMAM NOMEAÇÕES NO IBAMA

O sempre atento comentarista Carlo Germani nos manda este furo de Mino Pedrosa, um dos maiores jornalistas brasileiros. São três gravações, que estariam autorizadas pela Justiça, com diálogos do ex-ministro da Casa Civil, José Dirceu. De acordo com o jornalista Mino Pedrosa, os diálogos foram autorizados pela Justiça e, em breve, serão juntados ao processo do Mensalão, que deve ser julgado no início de 2012. Como se sabe, Dirceu é apontado como “chefe da quadrilha” na denúncia da Procuradoria Geral da República.

O excelente site 247, que repercutiu a matéria do blog de Pedrosa, lembra que, desde que deixou o governo e teve seu mandato de deputado federal cassado no Congresso Nacional, Dirceu passou a atuar como consultor de empresas. Os áudios, divulgados sábado por Mino Pedrosa, tentam caracterizar o ex-ministro como uma espécie de “grande operador” do Estado brasileiro – e também de negócios governamentais em outros países latino-americanos.

No primeiro áudio (escute aqui), ele fala com um interlocutor sobre um contrato de U$S 40 milhões na República Dominicana. No segundo (escute aqui), ele menciona um possível encontro com Luciano Coutinho, presidente do BNDES. No terceiro (escute aqui), Dirceu conversa com um prefeito num diálogo que trata de nomeações no Ibama.

Responsável por um dos maiores furos da história do jornalismo brasileiro (o caso do motorista Eriberto, na revista Istoé, que derrubou o ex-presidente Fernando Collor), Mino Pedrosa é também um jornalista bastante polêmico, que se move nos subterrâneos da política. No início do governo Lula, Mino foi consultor do empresário de jogos eletrônicos Carlinhos Cachoeira – o mesmo que gravou o famoso vídeo com Waldomiro Diniz, ex-assessor de Dirceu.

Fora da grande imprensa, ele se mantém à frente do blog Quidnovi, que se especializou em guerras políticas da pesada, como a que, hoje, opõe Joaquim Roriz e o PT no Distrito Federal.

Procurado por jornalistas dos mais diversos veículos, Dirceu está sumido. por motivos óbvios.

Carlos Newton

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