"A verdade será sempre um escândalo". (In Adriano, M. Yourcenar)

"Quero imaginar sob que novos traços o despotismo poderia produzir-se no mundo... Depois de ter colhido em suas mãos poderosas cada indivíduo e de moldá-los a seu gosto, o soberno estende seus braços sobre toda a sociedade... Não quebra as vontades, mas as amolece, submete e dirige... Raramente força a agir, mas opõe-se sem cessar a que se aja; não destrói, impede que se nasça; não tiraniza, incomoda, oprime, extingue, abestalha e reduz enfim cada nação a não ser mais que um rebanho de animais tímidos, do qual o governo é o pastor. (...)
A imprensa é, por excelência, o instrumento democrático da liberdade."
Alexis de Tocqueville (1805-1859)



domingo, 20 de novembro de 2011

BRASIL, O PAÍS DA BOLA, OU DA "BOLA"...

Tema de Redação do ENEM (tô aí)

Do Dicionário Aurélio. Você leva bola? Você dá bola? Você é do Partido da bola? O Partido da bola tem candidato para prefeito em Porto Alegre? Tem. E por que o Partido da Corrupção do Brasil não teria?

Agora falando sério, o partido da bola (gíria antiga de propina) é velho no Brasil, apenas agora é propriedade privada (que ironia, logo de quem não gosta da propriedade privada dos outros!) de um partido, o mais vermelho de todos.

Mas não se iludam, o mais autêntico, e o mais antigo é o Partido Comunista Brasileiro, cuja especialidade stalinista eram os campos de concentração (o gulag) na União Soviética. Eles não eram atraídos por “bolas” – sua vocação mesmo era o ser humano, as cabeças humanas, tão incômodas para os comunistas stalinistas que eles matavam às pencas.
E tiveram seguidores e apaixonados fãs aqui no Brasil: Jorge Amado, Luis Carlos Prestes, João Amazonas, a múmia Niemeyer, e os baba-ovos Chico Buarque de Holanda, para citar uns poucos.


A “bola” apareceu mais tarde quando o Partido Trotskista (PT) chegou ao poder no país inteiro a partir de 1988. Mas foi em 2003 que a “bola” cresceu. Lula e seus mensaleiros criaram ONGGSs, verdadeiras fábricas de dinheiro. Eu escrevi certo: ONGG - Organização Não Governamental Governamental.
Foi uma festa. De repente, um país pobre criava milionários da noite para o dia. O fato estranho, entretanto, é que esses felizardos milionários, donos de ONGGs, tinham relações quase sexuais com determinados partidos de origem e vocação comunista.
A pasta do Ministério dos Esportes, criada pelo chefe da quadrilha, Luiz Inácio, virou propriedade feudal do PC do B que rapidamente multiplicou seus candidatos a detentores de cargos e mandatos.
O Partido enriqueceu. A fórmula era fácil: funda-se uma ONGG para um companheiro com qualquer projeto que lembre esportes, futebol – e quem resiste a isso? -, e crianças carentes, e pronto, taí a verba milionária que jorra.
Foi Lula que inventou o Ministério da Bola, uma fonte tão rica e corruptora quanto corrupta. Ela logo atraiu ladrões internacionais como o presidente da FIFA, que não teve nenhum prurido em se aproximar do sócio brasileiro Ricardo Teixeira, presidente da CBF, outro investigado.

Assim criou-se a idéia da Copa do Mundo no Brasil: uma idéia que já nasceu superfaturada.


A corrupção aqui é endêmica, todos sabem disso, mas sabem disso principalmente os ladrões da FIFA. De repente, o Brasil sedia os jogos PanAmericanos e se postula para sediar a Olimpíada do Rio de Janeiro, onde a corrupção foi pacificada.


Parênteses: para quem não tinha percebido, ladrões pacificados e políticos pacificadores são lados da mesma moeda, ou gomos da mesma “bola”. Assim, o país da bola cresceu e ficou forte. Até é respeitado lá fora onde a bola é menos escassa e o juiz mais severo. Como se sabe, os europeus adoram o comunismo no país dos outros. É como aquela coisa da pimenta: nos olhos dos outros...


Extra, Extra: Foi demitido hoje de tarde o chefe da ONGG dos Esportes, com sede em Brasília na Esplanada dos Ministérios. Ainda não li a carta de demissão do chefe da bola, mas acho que não vou ler, não. Não quero que minha mulher me veja chorando de pena daquele homem inteiramente dedicado à bola, com cara de bola, agora murcha, é certo. Mas enfim... valeu Orlando, o ministro dos milhões.

charles london

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