"A verdade será sempre um escândalo". (In Adriano, M. Yourcenar)

"Quero imaginar sob que novos traços o despotismo poderia produzir-se no mundo... Depois de ter colhido em suas mãos poderosas cada indivíduo e de moldá-los a seu gosto, o soberno estende seus braços sobre toda a sociedade... Não quebra as vontades, mas as amolece, submete e dirige... Raramente força a agir, mas opõe-se sem cessar a que se aja; não destrói, impede que se nasça; não tiraniza, incomoda, oprime, extingue, abestalha e reduz enfim cada nação a não ser mais que um rebanho de animais tímidos, do qual o governo é o pastor. (...)
A imprensa é, por excelência, o instrumento democrático da liberdade."
Alexis de Tocqueville (1805-1859)



segunda-feira, 12 de março de 2012

MAIS UMA ESTATAL?!

Prá Tudo Querem Criar Uma Estatal?

Depois dizem que eu sou radical. Abro o link da Folha de São Paulo e dou de cara com a notícia de que o grande pescador Marcelo Crivella teve uma idéia brilhante para resolver de uma vez por todas os problemas da pesca no mundo, a começar por estas plagas tupinquins.

O banhista de minhocas acha que tudo se resolverá se for criada uma empresa brasileira para atuar no ramo dos pescados. Uma espécie de "Pescobrás".
da boca prá fora, o tal monstrengo não seria estatal, mas receberia dinheiro do governo via BNDES. Ah, tá...Desse jeito pode...

Como brasileiro não pensa pequeno, nos devaneios do cunhado do bispo Macedo a empresa teria porte comparável ao da Petrobras no setor do petróleo. Eu até imaginei uma série nos canais Discovery tipo aquela pesca no mar Báltico, só que ao sul do Equador. Traineiras e gigantescos navios-frigorífico causando enormes engarrafamentos oceânicos a partir de Fernando de Noronha até os limites da antártida.

"Na aquicultura eu acho que a gente vai precisar de uma empresa campeã. Agora, é preciso que essa campeã ela tenha na sua cadeia de produção um viés social, ela incorpore também o pequeno produtor".

Ensandecido, Crivella quer ainda criar uma escola nacional para pescadores. A seu ver, a medida ajudaria a preservar espécies. "Nossos pescadores precisam aprender melhor a gerenciar os nossos estoques".

Ele acha que os discursos pasteurizados dos bispos da IURD que convenecem e enganam milhões Brasil afora podem ser repetidos na pesca. Imagino um pescador amazônico absorvendo tecnologia de um cruvineiro do sul do Brasil. Um pirarucu e uma traira se equivalendo; uma lagosta do Ceará batendo cabeça com mariscos das Alagoas. Vai ser sensacional.
Uma pergunta: a seleção para a tal escola vai ser via ENEM?

12 de março de 2012
tribo dos manaós

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