"A verdade será sempre um escândalo". (In Adriano, M. Yourcenar)

"Quero imaginar sob que novos traços o despotismo poderia produzir-se no mundo... Depois de ter colhido em suas mãos poderosas cada indivíduo e de moldá-los a seu gosto, o soberno estende seus braços sobre toda a sociedade... Não quebra as vontades, mas as amolece, submete e dirige... Raramente força a agir, mas opõe-se sem cessar a que se aja; não destrói, impede que se nasça; não tiraniza, incomoda, oprime, extingue, abestalha e reduz enfim cada nação a não ser mais que um rebanho de animais tímidos, do qual o governo é o pastor. (...)
A imprensa é, por excelência, o instrumento democrático da liberdade."
Alexis de Tocqueville (1805-1859)



quinta-feira, 24 de maio de 2012

QUE IRONIA! QUADRILHA DO IBAMA PRESA ÀS VÉSPERAS DA SANÇÃO DO CÓDIGO FLORESTAL. CRIME? DESMATAMENTO ILEGAL.

Uma quadrilha responsável por desmatar uma das áreas mais preservadas da floresta amazônica, em Roraima, foi alvo de operação da Polícia Federal realizada nesta quarta-feira. Batizada de "Salmo 96:12", em referência a trecho bíblico que menciona a preservação da natureza, a operação foi realizada com base em 44 mandatos de prisão expedidos pela Justiça Federal em Boa Vista, um deles contra o chefe de fiscalização do Ibama no estado, Cássio Mendes. Foram presos outros sete servidores do órgão federal, três funcionários do Incra, seis técnicos da Fundação Estadual do Meio Ambiente e dos Recursos Hídricos e um servidor do Instituto de Terras de Roraima, além de mais de 20 madeireiros. O inquérito pode indiciar 115 pessoas.

O Ibama divulgou nota oficial informando que a investigação teria sido iniciada no próprio órgão e teria contado com analistas ambientais para avaliação dos dados coletados. Levantamento divulgado no último mês pelo Ministério do Meio Ambiente apontava Roraima como líder do ranking de desmatamento nos últimos oito meses.
A PF apurou que servidores do Ibama recebiam entre R$ 100 e R$ 5 mil para avisar com antecedência a madeireiros sobre a fiscalização do órgão. Os investigadores também identificaram fraude na regularização de terras na floresta. Os criminosos forjavam a titulação de terrenos em nome de laranjas, para obter o crédito que dá direito a desmatar até 20% daquela área.

- É um esquema semelhante à lavagem de dinheiro, uma espécie de lavagem de madeira. Em apenas 115 procedimentos influenciados pelo grupo, 1,4 milhão de metros cúbicos de madeira foram extraídos ilegalmente, o que equivale a 56 mil caminhões carregados, com valor de mercado de R$ 400 milhões - disse o superintendente da PF em Roraima, o delegado Alexandre Saraiva. Segundo o delegado, uma área equivalente a 21 mil campos de futebol teria sido devastada pela quadrilha. (O Globo)
 
24 de maio de 2012
coroneLeaks

Nenhum comentário:

Postar um comentário