"A verdade será sempre um escândalo". (In Adriano, M. Yourcenar)

"Quero imaginar sob que novos traços o despotismo poderia produzir-se no mundo... Depois de ter colhido em suas mãos poderosas cada indivíduo e de moldá-los a seu gosto, o soberno estende seus braços sobre toda a sociedade... Não quebra as vontades, mas as amolece, submete e dirige... Raramente força a agir, mas opõe-se sem cessar a que se aja; não destrói, impede que se nasça; não tiraniza, incomoda, oprime, extingue, abestalha e reduz enfim cada nação a não ser mais que um rebanho de animais tímidos, do qual o governo é o pastor. (...)
A imprensa é, por excelência, o instrumento democrático da liberdade."
Alexis de Tocqueville (1805-1859)



sexta-feira, 11 de maio de 2012

RECORDANDO E COMPARANDO...

O período da política brasileira, chamado de militar, começou com a eleição pelo Congresso de Humberto de Alencar Castelo Branco (15/4/1964/67). Depois seguiram-se 4 generais presidentes: Arthur da Costa e Silva (1967/69), Emílio Garrastazu Médici(1969/74), Ernesto Geisel (1974/79) e João Batista Figueiredo (1979/85).

Quando Castelo Branco (1897/1967) morreu num desastre de avião, verificaram os herdeiros que seu patrimônio limitava-se a um apartamento em Ipanema e umas poucas ações de empresas públicas e privadas.


Costa e Silva (1920/69), acometido por um derrame cerebral, recebeu de favor o privilégio de permanecer até o desenlace no palácio das Laranjeiras, deixando para a viúva a pensão de marechal e um apartamento em construção, em Copacabana.

Garrastazu Médici (1905/85) dispunha, como herança de família, uma fazenda de gado em Bagé, mas quando adoeceu precisou ser tratado no Hospital da Aeronáutica, no Galeão.

Ernesto Geisel (1908/98), antes de assumir a presidência da República, comprou o Sítio dos Cinamonos, em Teresópolis, que a filha vendeu para poder manter-se no apartamento de três quartos e sala, no Rio.

João Figueiredo (1918/99), depois de deixar o poder, não agüentou as despesas do Sítio do Dragão, em Petrópolis, vendendo primeiro os cavalos e depois a propriedade. Sua viúva deixou um apartamento em São Conrado que os filhos colocaram à venda, em estado de lamentável conservação.

O fim desse regime aconteceu em 15 de janeiro de 1985, quando Colégio Eleitoral elegeu Tancredo Neves para presidente da República, Ele faleceu 3 meses depois sem ter toma posse e o cargo foi assumido pelo seu vice José Sarney (1985/90).
Ele sempre foi lacaio do regime militar, todavia sua sensibilidade canalha, mostrou-lhe que o regime estava num processo de autofagia. Imediatamente mudou de partido e compôs chapa com Tancredo. Ao findar seu mandato, deixou uma inflação de 3% ao dia foi posto para fora do Planalto a pontapés do “Grande Caçador de Marajá” Fernando Collor de Mello.
Sarney que em sua vida foi somente político, hoje e um homem milhardário. Vale ver a lista de seus imóveis: 1 ilha particular no Maranhão com 2 mansões, 1 mansão de 20.000 metros quadrados em São Luís, 2 mansões no Lago Sul, em Brasília 1 apartamento no bairro Leblon, Rio de Janeiro, 1 casa de veraneio em Búzios, Rio de Janeiro, 19 propriedades no interior do Maranhão.

Como já foi escrito acima, foi substituído por Fernando Collor de Mello (1990/92), eleito por voto direto. Collor fez e aconteceu, deu início a era do roubo, tanto que foi constrangido a pedir demissão para não ser processado por peculato.
Marcante em seu governo foram os jardins da chamada Casa da Dinda, onde ele encarnou-se de Nabucodonosor e mandou fazer uma das maravilhas do mundo.
A obra é do paisagista José Roberto Nehring, dono da Brasil’s Garden. Na mansão foram plantadas 200 árvores de grande porte e outras 40 frutíferas. Contudo o maior destaque de ostentação foram as cachoeiras motorizadas, inseridas em meio a lagos artificiais.

Foi substituído por Itamar Franco (1992/95) e este deu lugar a Fernando Henrique Cardoso (1995/2003), este dois homens de bem, foram um hiato, na seqüência de roubos que se sucederam.

Chegou a tão procurada e tentada vez de Luiz Inácio Lula da Silva (2003/2011).
Lula chegou ao Planalto vindo de um sobrado, que pertencia a seu compadre Roberto Teixeira e onde ele morava de favor. A presidência começou enriquecendo (muito) e de forma obscura seu filho Lulinha, que se tornou num abastado pecuarista.

Lula quando deixou o Planalto, precisou de 11 caminhões, para levar o que amealhara durante sua passagem. E também comprou um apartamento de Cobertura em São Bernardo e uma casa no Guarujá de R$ 2 milhões. Tudo pago a vista.

São duas nações, a primeira os homens público vieram para servir e nessa atual chegaram para fartar-se.

(*) Fotomontagem:A ilha de Sarney, A Casa da Dinda e a casa no guaruja.

11 de maio de 2012
Giulio Sanmartini

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