"A verdade será sempre um escândalo". (In Adriano, M. Yourcenar)

"Quero imaginar sob que novos traços o despotismo poderia produzir-se no mundo... Depois de ter colhido em suas mãos poderosas cada indivíduo e de moldá-los a seu gosto, o soberno estende seus braços sobre toda a sociedade... Não quebra as vontades, mas as amolece, submete e dirige... Raramente força a agir, mas opõe-se sem cessar a que se aja; não destrói, impede que se nasça; não tiraniza, incomoda, oprime, extingue, abestalha e reduz enfim cada nação a não ser mais que um rebanho de animais tímidos, do qual o governo é o pastor. (...)
A imprensa é, por excelência, o instrumento democrático da liberdade."
Alexis de Tocqueville (1805-1859)



segunda-feira, 23 de julho de 2012

PETISTA MARCO MAIA QUER PROIBIR PROTESTOS E DEBATES SOBRE MENSALÃO NA CÂMARA DOS DEPUTADOS

 
O presidente da Câmara, Marco Maia (PT-RS), decidiu impedir que os deputados façam manifestações no plenário da Casa sobre o mensalão durante o julgamento do caso pelo STF (Supremo Tribunal Federal).
Sob o argumento de que o processo não pode ser "contaminado" pelo debate político, Maia afirmou que não irá permitir faixas, cartazes ou outras formas de manifestação a favor ou contra a condenação dos réus.
 
"Não vamos permitir que se efetive dentro do Parlamento uma disputa de quem é a favor do julgamento de A, B ou C ou de coisas que instiguem esse debate político."
 
Como presidente da Câmara, Maia tem o poder de cortar o microfone se os discursos virarem ofensas ou manifestações que ultrapassem o uso da palavra, tais como estender faixas no plenário. Ele sabe, porém, que não pode evitar os discursos.
 
"É inevitável, vai acontecer, mas o importante é que as lideranças não transformem o debate no plenário em atos ou ações de manifestações e protestos."
 
Ele também pode baixar uma norma impedindo manifestações nas galerias do plenário. "Coisas dessa natureza [cartazes e faixas] ou que instiguem o debate político não serão permitidas."
Entre os réus do mensalão, dois deputados têm mandato: Pedro Henry (PP-MT) e João Paulo Cunha (PT-SP).
 
Para Maia, porém, congressistas do PT não precisariam receber dinheiro para apoiar o Planalto.
O problema, segundo ele, está restrito ao financiamento ilegal de campanha. "É um debate que continuamos fazendo de como mudar as regras para evitar caixa dois", afirmou, com a ressalva de que não há previsão de que o tema volte à pauta da Casa.
Do site da Folha de S. Paulo
 
23 de julho de 2012
 

Nenhum comentário:

Postar um comentário