"A verdade será sempre um escândalo". (In Adriano, M. Yourcenar)

"Quero imaginar sob que novos traços o despotismo poderia produzir-se no mundo... Depois de ter colhido em suas mãos poderosas cada indivíduo e de moldá-los a seu gosto, o soberno estende seus braços sobre toda a sociedade... Não quebra as vontades, mas as amolece, submete e dirige... Raramente força a agir, mas opõe-se sem cessar a que se aja; não destrói, impede que se nasça; não tiraniza, incomoda, oprime, extingue, abestalha e reduz enfim cada nação a não ser mais que um rebanho de animais tímidos, do qual o governo é o pastor. (...)
A imprensa é, por excelência, o instrumento democrático da liberdade."
Alexis de Tocqueville (1805-1859)



sábado, 22 de setembro de 2012

DEPOIS DO PMDB, SENADORES DO PDT TAMBÉM REPUDIAM DEFESA DE LULA

Senadores do PDT repudiam decisão de Lupi de assinar carta em defesa de Lula. Pedro Taques e Cristóvam Buarque se disseram surpresos pela carta assinada em nome de seu partido
 

Os senadores Pedro Taques (PDT-MT), líder do partido no Senado, e Cristovam Buarque (PDT-DF) repudiaram a decisão do presidente nacional do PDT, Carlos Lupi, de assinar a carta "À sociedade brasileira", em defesa do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
 
Na quinta-feira, cinco partidos da base (PT, PSB, PMDB, PCdoB, PDT e PRB) divulgaram uma carta em defesa do ex-presidente, repudiando dirigentes do PSDB, DEM e PPS.
Eles alegaram que as siglas "tentaram comprometer a honra e a dignidade" de Lula. Falaram em "golpe" e acusaram a oposição de pressionar o Supremo Tribunal Federal (STF) na votação do mensalão, "mesquinharia" que, mais uma vez, seria rejeitada pelo povo.
 
A troca de farpas ocorreu depois de matéria veiculada pela Revista Veja, segundo a qual o segredos do empresário Marcos Valério, se revelados, colocariam Lula como um dos protagonistas do escândalo do mensalão.

Em nota, os senadores do PDT se disseram surpresos pela carta assinada em nome de seu partido. Os parlamentares afirmaram ainda que gostariam de ter sido consultados antes de o documento ser assinado em nome da sigla.

Para justificar sua contrariedade à carta assinada pelos partidos da base, os senadores alegaram que não viram "gesto golpista por trás das falas e matérias". Disseram que, além de ser um direito inerente às oposições fazer críticas, em nenhum momento tocaram na presidente Dilma Rousseff. Além disso, a seu ver, mais ameaçadores à democracia são as "consequências dos imensos gastos publicitários feitos pelos governos".

Também disseram que as referências as pressões sobre os ministros do STF passam imagem de desrespeito ao Poder Judiciário, que "vem desempenhando um importante trabalho, reconhecido pela opinião pública como decisivo na luta pela ética na política".

Concluíram que mais importante seria "mudar o sistema de escolha dos futuros ministros, para que não pesem dúvidas sobre a independência de cada um deles".

22 de setembro de 2012
Cristiane Bonfanti - O Globo

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