"A verdade será sempre um escândalo". (In Adriano, M. Yourcenar)

"Quero imaginar sob que novos traços o despotismo poderia produzir-se no mundo... Depois de ter colhido em suas mãos poderosas cada indivíduo e de moldá-los a seu gosto, o soberno estende seus braços sobre toda a sociedade... Não quebra as vontades, mas as amolece, submete e dirige... Raramente força a agir, mas opõe-se sem cessar a que se aja; não destrói, impede que se nasça; não tiraniza, incomoda, oprime, extingue, abestalha e reduz enfim cada nação a não ser mais que um rebanho de animais tímidos, do qual o governo é o pastor. (...)
A imprensa é, por excelência, o instrumento democrático da liberdade."
Alexis de Tocqueville (1805-1859)



segunda-feira, 17 de setembro de 2012

MENSALÃO ASSUSTA OS CORRUPTOS

Por isso, Sergio Cabral e seu principal cúmplice Sergio Côrtes já decidiram abandonar a política.

Assim como não aconteceu nada com Paulo Maluf, Jader Barbalho, Romero Jucá, Renan Calheiros e tantos outros políticos comprovadamente corruptos, provavelmente nada atingirá o governador Sergio Cabral e a seu grande amigo, vizinho e principal cúmplice, o secretário de Saúde Sergio Côrtes.


Nos bons tempos da impunidade…

Nessa relação de corruptos, é claro, poderíamos incluir também muitos outros políticos da atualidade, como o governador Agnelo Queiroz, do Distrito Federal, e diversos ex-ministros de Lula e Dilma, como o todo-poderoso Antonio Palocci, hoje no ostracismo, e um que continua na ativa, Fernando Pimentel, ambos incursos no mesmo crime de tráfico de influência, através de prósperas “consultorias”.

Palocci, lembrem-se, já tinha folha corrida de corrupção desde quando foi prefeito de Ribeirão Preto, envolvido com uma empresa chamada Leão & Leão, entre outras.
Já o governador Sergio Cabral se iniciou nesse ramo quando foi candidato a prefeito pela primeira vez e tomou conhecimento do que significa a expressão “sobras de campanha”.
Depois, fez pós-graduação na presidência da Assembléia Legislativa, em parceria com o também enriquecido Jorge Picciani.

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PÓS-GRADUAÇÃO

Cabral nomeou Sergio Côrtes para a Secretaria de Saúde, e os dois jogaram pesado em matéria de peculato, corrupção passiva, formação de quadrilha, lavagem de dinheiro etc. Com o julgamento do Mensalão, eles se assustaram e já decidiram abandonar a política, o que será um grande alívio para todos os brasileiros.

Não há dúvida de que o processo do mensalão está inovando no que se refere à tradicional impunidade dos políticos brasileiros, na qual nem mesmo os sinais exteriores de enriquecimento ilícito eram levados em consideração.

Cabral e Côrtes têm realmente motivos para estarem deprimidos, como de fato estão, porque, ao mesmo tempo, eles veem ser demolido o império construído pelo grande amigo e financiador Fernando Cavendish, que durante certo período chegou a ser concunhado de Sergio Cabral, até que o acidente de helicóptero na Bahia pôs fim ao tórrido romance que o governador então mantinha com a cunhada do empreiteiro.

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LADRÕES DEPRIMIDOS

Mas a vida é assim mesmo. De que adianta roubar tanto dinheiro do povo, se todos ficam sabendo que você é ladrão e não merece o menor respeito? Como usufruir desse dinheiro maldito, longe do poder? Longe também dos amigos de infância, dos parentes, dos colegas de colégio e faculdade? O que fazer da vida, quando todos sabem que você é corrupto?
É claro que Cabral e Côrtes podem morar em Paris e continuar comprando sapatos caros para suas mulheres. Mas e daí? O que isso realmente significa? Valeu à pena?

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