"A verdade será sempre um escândalo". (In Adriano, M. Yourcenar)

"Quero imaginar sob que novos traços o despotismo poderia produzir-se no mundo... Depois de ter colhido em suas mãos poderosas cada indivíduo e de moldá-los a seu gosto, o soberno estende seus braços sobre toda a sociedade... Não quebra as vontades, mas as amolece, submete e dirige... Raramente força a agir, mas opõe-se sem cessar a que se aja; não destrói, impede que se nasça; não tiraniza, incomoda, oprime, extingue, abestalha e reduz enfim cada nação a não ser mais que um rebanho de animais tímidos, do qual o governo é o pastor. (...)
A imprensa é, por excelência, o instrumento democrático da liberdade."
Alexis de Tocqueville (1805-1859)



segunda-feira, 17 de setembro de 2012

REPORTAGEM DE VEJA ATINGE A CÚPULA DO PT, QUE ACIONOU A TROPA DE CHOQUE PARA ATACAR JORNALISTAS

 

VALÉRIO ABRIU A BOCA...

Sinal vermelho – O desespero desembarcou de uma vez na seara petista. Sem conseguir reverter o péssimo desempenho dos candidatos da legenda nas capitais brasileiras e temendo os efeitos colaterais da reportagem da última edição da revista Veja, em que Marcos Valério acusa Lula de ter sido o comandante do mensalão, o PT já acionou sua tropa cibernética para infernizar a vida dos jornalistas que não se renderam às ofertas da camarilha vermelha.
 
Qualquer texto contra o governo do PT é considerado tentativa de golpe ou, então, carregado de ideias reacionárias. Foi esse o conteúdo do e-mail enviado ao ucho.info, acusado de alienar o povo, desvirtuar o trabalho (sic) do governo e favorecer o liberalismo e o mercado financeiro. A acusação se faz absurda porque o acusador prefere ignorar o fato de que os banqueiros jamais faturaram como nos oito anos em que o fanfarrão Lula esteve no Palácio do Planalto.
 
Tudo o que estiver fora do modelo totalitarista e criminoso adotado pelo PT é utopia, pelo menos para esses senhores que continuam acreditando estar na árvore genealógica de Aladim, quando na verdade são descendentes diretos de Ali Babá. Para esses saltimbancos que surrupiam a verdade dos fatos, uma crítica fundamentada é inflar a sociedade contra ditadores confessos que se escondem atrás de discursos ufanistas.
 
Com a chegada da revista Veja às bancas de jornal de todo o País, o PT decidiu ressuscitar o imbróglio que marcou a eleição presidencial de 2010 e que ainda não ficou esclarecido. Na manhã de domingo (16), um dos soldados cibernéticos, amestrados pelo partido, distribuiu aos jornalistas contrários ao status quo o conteúdo do livro “Privataria Tucana”, que traz material requentado com informações sobre as privatizações realizadas na era FHC.
 
Trata-se de uma atitude tão desesperada quanto a de Marcos Valério Fernandes de Souza, com uma monumental diferença.
O que o publicitário afirma é verdade. No tocante às privatizações promovidas por Fernando Henrique Cardoso, o PT teve tempo suficiente para condená-las, mas não o fez porque sabia que mais adiante teria de repetir o mesmo modelo, o que está acontecendo em relação aos aeroportos, rodovias e ferrovias.
Ao criticar as privatizações da era FHC, o Partido dos Trabalhadores simplesmente assume a incompetência, quiçá não tenha feito algum acordo para permanecer calado, considerando que o processo teve ilegalidades inquestionáveis.
 
A preocupação do PT em âmbito nacional ficou evidente no comício que Lula fez, em Salvador, para o candidato petista Nelson Pelegrino, segundo colocado na corrida à prefeitura da capital da capital dos baianos.
 
Para estocar o democrata Antônio Carlos Magalhães Neto, primeiro colocado nas pesquisas, o ex-presidente acionou seu conhecido discurso galhofeiro e disparou:
 
“Se esse cidadão (ACM Neto) teve coragem de dizer que queria bater no presidente da República adivinha o que ele vai fazer com camelô aqui em Salvador”.
 
Sub-relator da CPI dos Correios, ACM Neto disse, à época, que seu desejo era dar uma “surra” no então presidente, que ordenara à Agência Brasileira de Inteligência (Abin) o monitoramento do parlamentar. Para reforçar sua fala bravateira, Lula foi além e disse ser “importante que a gente não tenha memória curta”.
 
O ex-metalúrgico está coberto de razão, pois a memória curta, turbinada pela ignorância política, impediu a sociedade de perceber até então o viés criminoso do governo mais corrupto da história nacional.
 
Não fosse a coragem de muitos ministros do STF e o desespero de Marcos Valério, que ora se traduz em delações, a memória do brasileiro continuaria não apenas curta, mas anestesiada.

17 de setembro de 2012
ucho.info

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