"A verdade será sempre um escândalo". (In Adriano, M. Yourcenar)

"Quero imaginar sob que novos traços o despotismo poderia produzir-se no mundo... Depois de ter colhido em suas mãos poderosas cada indivíduo e de moldá-los a seu gosto, o soberno estende seus braços sobre toda a sociedade... Não quebra as vontades, mas as amolece, submete e dirige... Raramente força a agir, mas opõe-se sem cessar a que se aja; não destrói, impede que se nasça; não tiraniza, incomoda, oprime, extingue, abestalha e reduz enfim cada nação a não ser mais que um rebanho de animais tímidos, do qual o governo é o pastor. (...)
A imprensa é, por excelência, o instrumento democrático da liberdade."
Alexis de Tocqueville (1805-1859)



segunda-feira, 15 de outubro de 2012

A ELEIÇÃO DEIXOU BEM CLARA A DIFERENÇA ENTRE JOAQUIM BARBOSA E LEWANDOWSKI

 

Não pode passsar em branco a notícia de que o cumprimento do dever cívico de votar demonstrou de forma irrespondível a diferença abissal entre dois ministros do Supremo Tribunal Federal – Joaquim Barbosa, relator do processo do mensalão, e Ricardo Lewandowski, revisor.


Cumprimentado na rua

Joaquim Barbosa votou na Zona Sul do Rio de Janeiro, no Clube Monte Líbano, na Lagoa. Aguardou apenas um minuto na fila, antes de votar.
Foi o tempo para que surgisse um grupo de tietes entre 50 e 80 anos. Até o supervisor da 17ª Zona, Luiz Henrique Leão Vieira, de 49 anos, tirou uma foto com o ministro, e postou no Facebook. Escreveu: “Esse me dá orgulho de ser brasileiro!”.

Nos quinze minutos em que teve de ficar no local, Barbosa não negou um único pedido de foto. Só faltou ser aclamado.

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ESQUEMA DE SEGURANÇA…

Eleitor em São Paulo, o revisor Ricardo Lewandowski pediu esquema de segurança e entrou pelos fundos do colégio onde vota, no Brooklin, Zona Sul da capital.
Nenhum dos eleitores que o encontraram dirigiu-lhe a palavra, não fez fotos com ninguém. Apenas os jornalistas, por dever de ofício, o procuraram para entrevistas. E suas declarações foram bastante sintomáticas.

- Estou com a consciência absolutamente tranquila, cumpri meu dever. Críticas fazem parte do processo democrático – disse.

Só esqueceu de explicar por que, então, teve de pedir proteção policial. Mas sua consciência sabe muito bem os motivos.

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