"A verdade será sempre um escândalo". (In Adriano, M. Yourcenar)

"Quero imaginar sob que novos traços o despotismo poderia produzir-se no mundo... Depois de ter colhido em suas mãos poderosas cada indivíduo e de moldá-los a seu gosto, o soberno estende seus braços sobre toda a sociedade... Não quebra as vontades, mas as amolece, submete e dirige... Raramente força a agir, mas opõe-se sem cessar a que se aja; não destrói, impede que se nasça; não tiraniza, incomoda, oprime, extingue, abestalha e reduz enfim cada nação a não ser mais que um rebanho de animais tímidos, do qual o governo é o pastor. (...)
A imprensa é, por excelência, o instrumento democrático da liberdade."
Alexis de Tocqueville (1805-1859)



terça-feira, 16 de outubro de 2012

DEZ ANOS DEPOIS, O SUPREMO IDENTIFICA E CONDENA OS ROEDORES DA BANDEIRA


Foi Duda Mendonça, quem diria, quem concebeu o comercial destinado a reforçar, enquanto a campanha presidencial de 2002 não começava, a falácia que promovia o PT a detentor do monopólio da ética. Veiculado insistentemente na TV, o vídeo em que ratos roem a bandeira brasileira foi considerado um exemplo de propaganda eleitoral eficaz.

Depois do mensalão, transformou-se num caso exemplar de propaganda enganosa e em prova material de estelionato político. Neste outubro, pode produzir um formidável tiro pela culatra. Basta que os candidatos da oposição divulguem no horário eleitoral a peça publicitária „Ÿ sem identificar quem a encomendou. Os espectadores saberão associar os bichos às pessoas.

Lula vai berrar nos palanques que, com inveja do sucesso do metalúrgico que virou presidente sem estudar, FHC resolveu compará-lo a um roedor. Dilma Rousseff vai gaguejar outro besteirol incompreensível. O PT vai pedir ao Tribunal Superior Eleitoral que proíba a exibição da ignomínia. Fernando Haddad vai recitar que José Serra descambou de vez para o terreno da ofensa pessoal

Em contrapartida, Duda Mendonça vai ficar com fama de vidente: em 2002, adivinhou como estaria o Brasil no
fim de 2012.


Por Augusto Nunes - Veja Online
16 de outubro de 2012

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