"A verdade será sempre um escândalo". (In Adriano, M. Yourcenar)

"Quero imaginar sob que novos traços o despotismo poderia produzir-se no mundo... Depois de ter colhido em suas mãos poderosas cada indivíduo e de moldá-los a seu gosto, o soberno estende seus braços sobre toda a sociedade... Não quebra as vontades, mas as amolece, submete e dirige... Raramente força a agir, mas opõe-se sem cessar a que se aja; não destrói, impede que se nasça; não tiraniza, incomoda, oprime, extingue, abestalha e reduz enfim cada nação a não ser mais que um rebanho de animais tímidos, do qual o governo é o pastor. (...)
A imprensa é, por excelência, o instrumento democrático da liberdade."
Alexis de Tocqueville (1805-1859)



quinta-feira, 6 de dezembro de 2012

TRÊS NOTAS LAMENTÁVEIS SOBRE A INÉRCIA DA OPOSIÇÃO...

POR QUE OS TUCANOS NÃO ENTRAM NO STF, DEIXAM DE RECOLHER O PIS/COFINS E BAIXAM O PREÇO DA ENERGIA ELÉTRICA?

Em vez de chorar, espernear e ranger os dentes, por que os tucanos não passam o problema para o Governo Federal? Deixem de recolher os tributos federais, transformando-os em desconto para o consumidor! Avisem o eleitor e passem o problema para a Dilma. Ah, esqueci, isto não faz parte do ideário tucano das luvas brancas e punhos de renda...
 

Não digam que não avisei. Olhem só o estrago!

Seguindo o tom adotado pela presidente Dilma Rousseff contra a oposição, petistas atacaram os tucanos que atrapalharam os planos do Planalto de reduzir o preço da energia para a população em 20% e deixaram claro que a luta, agora, é política. "Não fomos nós que partimos para cima dos tucanos. Eles é que vieram para cima da gente. Agora é assim: bateu, levou", avisou o ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, Fernando Pimentel.
"Como é que um partido experiente como o PSDB resolve, nesse debate, ficar com o mico de ser a grande resistência à implantação do plano de redução de tarifas e um novo modelo do setor elétrico, que é fundamental para a retomada do crescimento. E pior, pega este mico e coloca no ombro de seu candidato à Presidência", ironizou o governador de Sergipe, o petista Marcelo Déda.
A declaração de ambos foi dada após a cerimônia de lançamento de plano de reestruturação do setor portuário do País, quando a presidente Dilma dedicou parte de seu discurso a criticar os tucanos, pelo segundo dia seguido, mas sem citá-los.
Ao prosseguir criticando os tucanos, Marcelo Déda disse que a oposição erra em seu discurso, confundindo oposição ao governo, com oposição ao País. "Deus nos ajuda mais escolhendo nossos inimigos, do que recrutando nossos amigos", comentou Déda, acrescentando que "o PSDB podia caçar onça, elefante, ou qualquer outra coisa, mas caçou um grande mico".
O governador Marcelo Déda classificou a atitude do PSDB como de um partido que tem uma "visão estreita". Ele disse ter ficado surpreso como político com a atitude dos tucanos de ficarem contra um benefício para a população de reduzir a conta de luz em 20%. "Um tema como esse, que é de interesse nacional, que toca nas famílias brasileiras, que dialoga com os empresários brasileiros, não pode ser criticado", observou.
 
(Estadão)
 

Dilma em cadeia nacional para informar que a conta de luz caiu menos por culpa dos tucanos. Imaginem o estrago.

Ninguém discute a razão dos governadores tucanos. Mas não se trata de ter ou não razão. Se trata de impedir um desconto maior na conta de luz, pois é assim que vai chegar ao eleitor. O PSDB afunda cada vez mais, sabem por quê? Porque não tem projeto. Porque é cada um por si. Porque não tem estratégia. Porque ninguém conversa com ninguém. É ou não é?
A redução da conta de luz em 2013 pode ficar menor que o anunciado pela presidente Dilma Rousseff em cadeia nacional de rádio e TV no início de setembro. A promessa era cortar, em média, 20,2% da tarifa, mas, com a resistência de algumas empresas em renovar suas concessões, o desconto cai para 16,7%.
Os técnicos do Ministério de Minas e Energia afirmam que ainda não desistiram de alcançar o corte anunciado. O governo vai estudar alternativas, como reduzir impostos e outros encargos. As companhias de geração de energia de São Paulo (Cesp), Minas Gerais (Cemig) e Paraná (Copel) não aderiram ao pacote de energia.
Apesar da divergência, a Cemig não descartou a possibilidade de recorrer à Justiça para manter as regras atuais para três hidrelétricas.
Os acionistas das empresas consideraram os novos preços da energia e a indenização muito baixos. Com a recusa, continuarão vendendo energia pelas tarifas atuais até 2015 e 2017.
O governo federal jogou a culpa pelos problemas do pacote em São Paulo e Minas Gerais. "A decisão dessas empresas, principalmente as companhias de São Paulo e Minas Gerais, de não renovar seus contratos sob novas bases, é a causa de, hoje, não podermos anunciar o corte na conta de luz pretendido pelo governo federal", disse o secretário executivo de Minas e Energia, Márcio Zimmerman.
Os técnicos desconversaram quando questionados sobre eventual influência política na decisão. Os governadores dos três Estados são do PSDB, de oposição. Anteontem, o senador Aécio Neves, ex-governador de Minas Gerais (2003-2010), foi lançado pelo partido como pré-candidato à sucessão de Dilma nas eleições de 2014. Momentos antes do anúncio do governo, Aécio Neves, da tribuna do Senado, questionou o modo como Dilma tratou as concessionárias de energia e pediu respeito ao Congresso (leia mais na pág.3).
Os técnicos do governo criticaram a decisão tomada por Cesp, Cemig e Copel. Segundo Zimmerman, "essas companhias privilegiaram seus acionistas, e não a população brasileira". Ele disse ter estranhado a decisão das empresas. "A Cesp chegou a se manifestar oficialmente favorável à renovação, depois voltou atrás", afirmou o secretário. "Há um esforço nacional pela redução do custo Brasil e para ampliar a competitividade nacional, e lamentamos que as companhias de São Paulo e Minas Gerais não tenham aderido."
A avaliação dos especialistas do setor de energia é que o processo de renovação foi feito com atropelo, sem discutir com as companhias. Apesar das mudanças recentes nos cálculos de indenização, as condições continuaram desfavoráveis para as empresas de geração de energia.
 
(Estadão)
 
06 de dezembro de 2012
in coroneLeaks

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