"A verdade será sempre um escândalo". (In Adriano, M. Yourcenar)

"Quero imaginar sob que novos traços o despotismo poderia produzir-se no mundo... Depois de ter colhido em suas mãos poderosas cada indivíduo e de moldá-los a seu gosto, o soberno estende seus braços sobre toda a sociedade... Não quebra as vontades, mas as amolece, submete e dirige... Raramente força a agir, mas opõe-se sem cessar a que se aja; não destrói, impede que se nasça; não tiraniza, incomoda, oprime, extingue, abestalha e reduz enfim cada nação a não ser mais que um rebanho de animais tímidos, do qual o governo é o pastor. (...)
A imprensa é, por excelência, o instrumento democrático da liberdade."
Alexis de Tocqueville (1805-1859)



segunda-feira, 16 de julho de 2012

PIADA: ONU LANÇA CAMPANHA PARA COMBATER O CRIME ORGANIZADO PATROCINADO PELO PRÓPRIO SISTEMA GLOBALITÁRIO

A Organização das Nações Unidas, ente máximo do sistema globalitário, lança nesta segunda-feira uma campanha mundial para combater o crime organizado transnacional. A proposta é boa, mas a intenção prática só pode ser uma piada. Afinal, é o modelo globalitário, controlado pela Oligarquia Financeira Transnacional, quem patrocina e tira proveito operacional dos grandes esquemas criminosos que minam as soberanias e infestam as economias nacionais, principalmente nos países subdesenvolvidos mantidos como neocolônias de exploração (caso do Brazil).
A própria ONU admite que, embora seja uma atividade global, os efeitos do crime organizado transnacional são sentidos localmente. Estudos do Escritório das Nações Unidas sobre Drogas e Crime (UNODC) admitem que os grupos criminosos desestabilizam comunidades regionais e nacionais, prejudicando a assistência ao desenvolvimento nessas áreas e estimulando o crescimento do mercado doméstico de corrupção, extorsão e violência. Só faltou a ONU revelar, com todas as letras, a quem interessa, realmente, o sistema criminoso transnacional.
 
O diretor-executivo do UNODC, Yury Fedotov, calcula que o volume de negócios anualmente movimentado pelo crime organizado transnacional atinja absurdos US$ 870 bilhões (R$ 1,74 trilhões na cotação média). A ONU calcula que as atividades ilícitas mais lucrativas são o tráfico de drogas (US$ 320 bilhões) e as falsificações (US$ 250 bilhões). O tráfico de pessoas também atinge uma soma considerável, US$ 32 bilhões. O valor anual movido pelas ações criminosas no planeta corresponde a seis vezes o valor oficial de ajuda ao desenvolvimento ou 7% por cento das exportações mundiais de mercadorias.
 
Faltou a ONU explicar que o Crime Organizado Transnacional conta com as parecerias locais dos Governos do Crime Organizado. Tal sistema atua em quatro frentes simultaneamente.
A primeira é a Força Motriz (que é a base política de quem dita a ideologia do Estado).
A segunda é a Força de Sustentação (que forma as associações entre os agentes do Estado, nos poderes Executivo, Legislativo e Judiciário, junto com os demais promotores da corrupção e usurpação estatal e seus aparelhos repressivos).
A Terceira é a Força de Influência (que colocam em prática as ideologias e funcionam como agentes conscientes ou inconscientes do sistema que serve ao crime: mídia, ONGs, academia, sindicatos, seitas e movimentos sociais.
A quarta é a Força Operacional (onde operam as máfias de todos os tipos e suas milícias ou guerrilhas urbana e rural, todas com alguma ligação com a máquina estatal).
 
As quatro forças juntas formam uma Organização Político-Administrativa que obedece, no topo da cadeia, à Oligarquia Financeira Transnacional – que controla todos os negócios globais lícitos e se beneficia diretamente dos esquemas ilícitos que mantém as nações sob controle.
Tal esquema, que patrocina a globalização, conta com a sustentação de de clubes de poder, cartéis informais e seus centros de inteligência, onde são formuladas todas as políticas, estratégias e ideologias que atuam a serviço do globalitarismo e do próprio crime organizado transnacional.
A própria ONU é um dos centros deste poder. Logo, quando as Nações Unidas lança uma campanha para combater o crime, a notícia – em vez de festejada – merece ser vista como mais uma piada do teatro do faz-de-conta global.
 
Jorge Serrão é Jornalista, Radialista, Publicitário e Professor.
16 de julho de 2012

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