"A verdade será sempre um escândalo". (In Adriano, M. Yourcenar)

"Quero imaginar sob que novos traços o despotismo poderia produzir-se no mundo... Depois de ter colhido em suas mãos poderosas cada indivíduo e de moldá-los a seu gosto, o soberno estende seus braços sobre toda a sociedade... Não quebra as vontades, mas as amolece, submete e dirige... Raramente força a agir, mas opõe-se sem cessar a que se aja; não destrói, impede que se nasça; não tiraniza, incomoda, oprime, extingue, abestalha e reduz enfim cada nação a não ser mais que um rebanho de animais tímidos, do qual o governo é o pastor. (...)
A imprensa é, por excelência, o instrumento democrático da liberdade."
Alexis de Tocqueville (1805-1859)



sexta-feira, 29 de março de 2013

REFORMANDO A POLÍTICA DO FILHO ÚNICO

article image

Monges sem um templo: política do filho único começa a perder força na China (Reprodução/EPA)
É possível que a China tenha começado a desmontar sua política do filho único, medida que conta com o apoio de especialistas
Por mais de três décadas, os burocratas que fiscalizam a política de filho único da China estiveram entre os mais onipresentes, e mais odiados, do país. Agora, eles estão prestes a perder grande parte de seu poder, após um rearranjo do governo anunciado em 10 de março. A questão é se essa medida representa o começo do fim da política do filho único em si.

Essa notícia foi divulgada em uma sessão do Congresso Nacional Popular, a legislatura nacional, que terminou dia 17 de março e foi usada pelo governo para anunciar fusões ministeriais.

A mudança mais intrigante é a reorganização que incorporará a burocracia responsável pelo planejamento familiar, criada unicamente para controlar o crescimento populacional, e que agora fará parte da nova Comissão de Saúde e Planejamento Familiar.

Membros do partido afirmaram que isso não significa que a política de filho único está prestes a acabar. Mas a fiscalização pública da política está se intensificando, bem como a pressão para afrouxá-la ou simplesmente descartá-la.
Wang Fenf, demógrafo e diretor do Centro Brookings-Tsinghua de Políticas Públicas em Beijing, acredita que a opinião pública acabará forçando o fim da política e que a reorganização do governo deu início à contagem regressiva. Outrora era um pilar inatacável do governo, a política subitamente parece ter se tornado frágil.

29 de março de 2013

Fontes:The Economist-Monks without a temle

Nenhum comentário:

Postar um comentário