"A verdade será sempre um escândalo". (In Adriano, M. Yourcenar)

"Quero imaginar sob que novos traços o despotismo poderia produzir-se no mundo... Depois de ter colhido em suas mãos poderosas cada indivíduo e de moldá-los a seu gosto, o soberno estende seus braços sobre toda a sociedade... Não quebra as vontades, mas as amolece, submete e dirige... Raramente força a agir, mas opõe-se sem cessar a que se aja; não destrói, impede que se nasça; não tiraniza, incomoda, oprime, extingue, abestalha e reduz enfim cada nação a não ser mais que um rebanho de animais tímidos, do qual o governo é o pastor. (...)
A imprensa é, por excelência, o instrumento democrático da liberdade."
Alexis de Tocqueville (1805-1859)



sexta-feira, 19 de abril de 2013

SANATÓRIO DA "POLÍTICA" BRASILEIRA

Gente que mente (58)

“Sou a favor do concurso público, porque Brasília ganha muito com isso”.

Gim Argello, senador da base alugada, setor PTB, guichê do Distrito Federal, relator do projeto aprovado nesta quinta-feira pela Comissão de Constituição e Justiça que prevê a criação de 6.818 cargos públicos federais ao custo de R$ 484 milhões anuais aos cofres públicos, esquecendo-se de dizer que, se o bando que usa o codinome “Brasília” vai ganhar mais algum, os brasileiros que pagam a conta serão tungados de novo.

Neurônio no sertão

“Eu acho que no Nordeste nós temos duas políticas para o Nordeste, e elas são … porque enquanto uma não fica pronta, a outra tem de entrar, junto. Quais são elas? Primeiro, é o tratamento de algo que nós sabemos que é a maior seca dos últimos 50 anos. E eu não soube hoje não. Nós temos um sistema chamado Cemaden. O Cemaden monitora desastres naturais no Brasil, de enchentes – nós criamos, é novo – de enchentes a secas”.

Dilma Rousseff, num pronunciamento transcrito sem retoques do Portal do Planalto, explicando em dilmês arcaico que o governo tem duas políticas para o Nordeste: a seca e uma coisa que o neurônio solitário chama de Cemaden.

Neurônio na escuridão

“Eu queria dizer para vocês, vocês sabem, antes tinha um tema que eu falava toda reunião. Era o Luz para Todos, quando a gente começou a fazer o Luz para Todos. Porque o Luz para Todos era essencial, era levar o serviço público até a zona rural. Agora, além do Luz para Todos, eu tenho, porque muito lugares ainda não acabou o Luz para Todos. E é outro motivo para o cadastro, porque agora a gente pega os nomes… A ministra Tereza Campello faz assim, ela pega os cadastrados do Bolsa Família que não têm luz elétrica, aí vai na distribuidora e fala: está aqui, nós queremos saber quando é que vão fazer a ligação”.

Dilma Rousseff, diretamente do Portal do Planalto, sem correções nem retoques, mostrando o que acontece quando um apagão atinge o neurônio solitário no meio de uma discurseira sobre luz elétrica.

Neurônio esquecido

“Boa tarde, boa tarde para todos. Boa tarde para o pessoal aí do fundo. E boa tarde para o povo daqui da frente, e para os prefeitos também, e para as prefeitas”.

Dilma Rousseff, durante cerimônia de entrega de unidades do Minha Casa, Minha Vida em Ribeirão das Neves (MG), esquecendo-se de “comprimentá” também o pessoal do meio.



19 de abril de 2013
augusto nunes

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