"A verdade será sempre um escândalo". (In Adriano, M. Yourcenar)

"Quero imaginar sob que novos traços o despotismo poderia produzir-se no mundo... Depois de ter colhido em suas mãos poderosas cada indivíduo e de moldá-los a seu gosto, o soberno estende seus braços sobre toda a sociedade... Não quebra as vontades, mas as amolece, submete e dirige... Raramente força a agir, mas opõe-se sem cessar a que se aja; não destrói, impede que se nasça; não tiraniza, incomoda, oprime, extingue, abestalha e reduz enfim cada nação a não ser mais que um rebanho de animais tímidos, do qual o governo é o pastor. (...)
A imprensa é, por excelência, o instrumento democrático da liberdade."
Alexis de Tocqueville (1805-1859)



terça-feira, 28 de maio de 2013

AINDA A QUESTÃO INDÍGENA - UMA VIRADA ANTES DA REBELIÃO



Seguindo o exemplo bem sucedido dos “sem terra”, muitas tribos, orientadas pelas ONGs estrangeiras invadiam e ocupavam terras numa proporção nunca vista em nenhum país e ainda quando necessário com o apoio da estrutura policial.

Os produtores prejudicados queixavam-se amargamente mas não os enfrentavam, e quando o faziam era isoladamente.

Parecia um galinheiro: quando pegavam um, os outros cacarejavam, ”cococó, cococó, ufa, não foi a minha fazenda. A reação coletiva acontecida na Raposa-Serra do Sol foi dominada pela força esmagadora da Polícia Federal do Tarso Genro agindo por ordem do Lula que covardemente cedeu às pressões internacionais.

Agora a situação está mudando. As demarcações da Funai terminaram por convencer aos produtores rurais que teriam que reagir a bala.
Depois de terem vindo a público as violentas invasões incluindo o arrasamento de uma vila com 700 casas destruídas (no Mato Grosso do Sul), multiplicaram-se as manifestações em defesa da garantia da terra e contra as fraudes nas demarcações. 
Até mesmo militares da Força Nacional ficaram abalados e a opinião pública evoluiu de uma indiferença simpática aos “pobres” índios para a consciência da injustiça e da necessidade da produção rural.

Pressionados, mas agora com o apoio da opinião geral, os desesperados produtores, gente inteligente, sentiram que precisavam se armar.
Armaram-se. Contrataram não apenas jagunços, mas também mercenários estrangeiros que lhes ensinaram a fazer explosivos com fertilizantes, pois sentiam que, abandonados pelo Governo teriam que enfrentar até o aparato policial para ter chance de justiça.

Reuniram recursos e muitos deles colocaram-se a frente. O circo estava pronto para o início do sangrento espetáculo, que ninguém sabia que vulto tomaria, mas a principal mudança foi da atitude do Governo.

TEMER SE IMPRESSIONOU

O vice-presidente Temer ficou impressionado com os relatos dos produtores rurais numa audiência com deputados ligados ao setor. A entrada dele nas negociações parece ter neutralizado a influência de Gilberto Carvalho e Paulo Maildes nas decisões sobre a Questão Indígena.

O fato é que o Estado Brasileiro se deu conta das fraudes nos laudos antropológicosdo perigo da reação, e das consequências, que poderiam ir desde a drástica redução da produção rural até a independência das áreas indígenas, ensejando intervenção internacional em nome do “dever de ingerência”, quando e m jogo os interesses dos países hegemônicos.

Dilma que já demonstrara não ter entusiasmo pelas demarcações, contrariando tanto a pressão internacional como a de seus partidários interrompeu a criação de novas reservas e ensaia rever as desproporcionais reservas já demarcadas. Estaremos despertando?

Óbvio, se isto acontecer serão terríveis as pressões internacionais. Traidores levantarão a voz contra o nosso País, tendo talvez como símbolo a enigmática Marina Silva.

Esperemos que a Dilma não seja como o Lula, que recua quando a pressão toma vulto, mas na questão dos juros já teve que recuar.

Independente de posições políticas, é hora de apoiá-la nisto, se ela demonstrar a coragem que esperamos. Dias difíceis virão: novos boatos, pressões econômicas, atritos, bloqueios e quem sabe sabotagens de Forças Especiais estrangeiras, mas o que está em jogo é a integridade do nosso Brasil .

28 de maio de 2013
 Gelio Fregapani

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