"A verdade será sempre um escândalo". (In Adriano, M. Yourcenar)

"Quero imaginar sob que novos traços o despotismo poderia produzir-se no mundo... Depois de ter colhido em suas mãos poderosas cada indivíduo e de moldá-los a seu gosto, o soberno estende seus braços sobre toda a sociedade... Não quebra as vontades, mas as amolece, submete e dirige... Raramente força a agir, mas opõe-se sem cessar a que se aja; não destrói, impede que se nasça; não tiraniza, incomoda, oprime, extingue, abestalha e reduz enfim cada nação a não ser mais que um rebanho de animais tímidos, do qual o governo é o pastor. (...)
A imprensa é, por excelência, o instrumento democrático da liberdade."
Alexis de Tocqueville (1805-1859)



terça-feira, 14 de maio de 2013

VARRIDA PELO VENTO, REMOTA... QUEM QUER VIVER NAS FALKLANDS?

Parte I

 
Le-Falklands-continueranno-Não os argentinos – e até mesmo a Sra. Thatcher tinha suas dúvidas sobre eles realmente quererem.
 
Na verdade, descobre JOHN CARLIN, o autor do texto, escritor e jornalista do The Guardian, jornal britânico, em 20 de abril de 2013, após ter ido lá e entrevistado muitos ilhéus, num lindo trabalho, que apenas os Falklanders  amam verdadeiramente as Ilhas Falklands.
 
Na descrição deste primoroso texto os leitores vão descobrir exatamente isso. Eu não sou tradutor, mas estou orgulhoso, pois parece que o texto em Portugues ficou inteligível.   
                                                   
Sempre me rebelei contra chamar as ilhas de Malvinas, baseado que o inglês John Strong foi o primeiro a desembarcar nas ilhas, na parte ocidental, em 1690, e as chamou Falklands, em homenagem ao financiador da viagem.
Os defensores vem com argumentos históricos mas furados, porque posteriores, de briga entre espanhóis e  ingleses. Mas a primeira observação confirmada é de Sebald de Weert, que era da Holanda, e isso em 1598.
 
A Argentina passou a existir como país independente da Espanha em 1816 e os espanhóis, que haviam comprado a parte oriental dos franceses, estabelecidos na parte oriental em 1764, abandonaram as ilhas em 1811. Então, não me venham de borzeguins ao leito. O Brasil, que ratificou a posição argentina no governo do sapo, mas não conto, porque foi já na Era da Mediocridade (apud Augusto Nunes).

“A perda de vidas foi trágica, mas em quase todos os outros aspectos da guerra das Falklands era uma comédia de consequências não intencionais daqueles que começaram e perderam. Fale com um ilhéu das Falklands que tenha idade suficiente para lembrar o período pouco antes da guerra e você vai aprender que o governo de Margaret Thatcher foi percebido não como uma força heróica pela liberdade, mas como traiçoeiro e enganoso.
 
Um plano estava em andamento, liderado pelo Ministério das Relações Exteriores Inglês, por trás das costas dos Falklanders, que fez um acordo através do qual a Grã-Bretanha iria partilhar a soberania com a Argentina por um período de tempo, antes da autoridade inglesa sobre as ilhas fosse abandonada completamente.
 
A loucura dos generais que invadiram as Ilhas Falklands em abril de 1982 foi que, do ponto de vista da missão histórica da Argentina em ‘recuperar’ as ‘Malvinas’, que sua ação não poderia ter sido mais contra-produtiva. Se tivessem esperado, eles teriam as ilhas em um prato.
Mas eles estavam perdendo o controle sobre o poder na Argentina e eles recorreram ao desesperado ato populista de despachar o seu exército para o arquipélago varrido pelo vento.
(continua).
 
14 de maio de 2013
Magu 

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