"A verdade será sempre um escândalo". (In Adriano, M. Yourcenar)

"Quero imaginar sob que novos traços o despotismo poderia produzir-se no mundo... Depois de ter colhido em suas mãos poderosas cada indivíduo e de moldá-los a seu gosto, o soberno estende seus braços sobre toda a sociedade... Não quebra as vontades, mas as amolece, submete e dirige... Raramente força a agir, mas opõe-se sem cessar a que se aja; não destrói, impede que se nasça; não tiraniza, incomoda, oprime, extingue, abestalha e reduz enfim cada nação a não ser mais que um rebanho de animais tímidos, do qual o governo é o pastor. (...)
A imprensa é, por excelência, o instrumento democrático da liberdade."
Alexis de Tocqueville (1805-1859)



sábado, 15 de junho de 2013

DILMA CRITICA "TERRORISMO`" QUANTO À ALTA DA INFLAÇÃO. TERRORISMO? SÃO DADOS.

 
Presidente assegura que índice está sob controle e que país não vive momento de dificuldade, mas de ‘quase pleno emprego’
 
 No evento de lançamento do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) 2, na Rocinha, a presidente Dilma Rousseff chamou de terrorismo o alarde sobre o alto patamar da inflação, que continua resistente, como já admitiu o presidente do Banco Central (BC), Alexandre Tombini.
 
 
— Quero dizer que a inflação jamais vai voltar e está sob controle. Por isso, peço a vocês que não deem ouvidos a esses que jogam sempre no quanto pior melhor. Todo mundo tem que ter a humildade de aguentar as críticas, mas terrorismo, não.
A presidente negou que o país enfrente “dificuldades” e defendeu que o país hoje tem “a menor taxa de desemprego do mundo”:
 
 
— Vocês têm visto na imprensa muita gente falando que o Brasil passa por um momento de dificuldade. O Brasil é um dos países mais sólidos do mundo, que, em meio à crise econômica mundial das mais graves talvez desde 1929, é o país que tem a menor taxa de desemprego do mundo. Antes, tínhamos taxa alta de desemprego, geralmente entre 14% a 16%, mas isso mudou.
 
 
Dilma comparou a situação do mercado de trabalho no país, de “quase pleno emprego”, segundo ela, à vivida na Europa em crise e rebateu as críticas vindas de países do velho continente:
 
 
— Vivemos num sistema de quase pleno emprego, em torno de 5,6%. Na Europa, entre a população jovem chega a 50%. Em Portugal, de onde acabei de vir, um em cada quatro portugueses estão desempregados. E eles vêm dizer que o Brasil é um país em situação difícil. Interessa a eles criar essa ideia. O Brasil é extremamente sólido, nós temos a melhor relação entre dívida líquida e PIB. Não gastamos mais do que possuímos, nós somos sérios em relação à política fiscal desse país — afirmou a presidente.
 
 
Presidente defende força da economia
Em evento para assinatura de parceria da prefeitura do Rio com o governo federal no PAC 2, Dilma voltou a defender que o país tem robustez fiscal, estabilidade inflacionária e que a inflação não saiu do controle:
 
 
— A inflação não saiu do nosso controle. Temos US$ 378 bilhões em reservas. Há vários países muito endividados. Eu voltei há pouco de Portugal e lá, a dívida corresponde a 127% de tudo o que o país produz. Nossa proporção é de apenas 34%. O Brasil tem uma indústria forte, uma agricultura eficiente e grandes reservas de petróleo — disse Dilma citando o exemplo do novo campo de Libra, onde a previsão da Agência Nacional do Petróleo (ANP) é de uma geração de receita de US$ 1 trilhão. — Rodovias, ferrovias, aeroportos, portos, o campo de Libra, gás natural em terra, é muito investimento. A força da economia desse país não se reduz porque esse ou aquele outro falaram que vai dar errado.
 
 
Dilma concluiu, voltando a citar um personagem do poeta português Luís de Camões, em “Os Lusíadas”. A referência era o Velho do Restelo, que afirmava que as grandes navegações iriam fracassar. Se o Velho do Restelo tivesse desanimado esses navegadores, nós não seríamos o que somos hoje. O Brasil está passando por imensa transformação, apesar do que afirmam os Velhos do Restelo de hoje.
 
15 de junho de 2013
FERNANDA PONTES, LUIZ ERNESTO MAGALHÃES e JULIANA CASTRO - O Globo

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