"A verdade será sempre um escândalo". (In Adriano, M. Yourcenar)

"Quero imaginar sob que novos traços o despotismo poderia produzir-se no mundo... Depois de ter colhido em suas mãos poderosas cada indivíduo e de moldá-los a seu gosto, o soberno estende seus braços sobre toda a sociedade... Não quebra as vontades, mas as amolece, submete e dirige... Raramente força a agir, mas opõe-se sem cessar a que se aja; não destrói, impede que se nasça; não tiraniza, incomoda, oprime, extingue, abestalha e reduz enfim cada nação a não ser mais que um rebanho de animais tímidos, do qual o governo é o pastor. (...)
A imprensa é, por excelência, o instrumento democrático da liberdade."
Alexis de Tocqueville (1805-1859)



segunda-feira, 29 de julho de 2013

MANIFESTANTES CONTRA CABRAL FAZEM VIGÍLIA NO LEBLON

Bairro onde mora o governador teve policiamento reforçado durante todo o domingo
Avenida Delfim Moreira foi interditada, mas passeata seguiu pacífica


Manifestação contra o governador Sérgio Cabral Foto: Felipe Hanower / Agência O Globo
Manifestação contra o governador Sérgio CabralFELIPE HANOWER / AGÊNCIA O GLOBO
 
Pouco mais de 20 manifestantes continuam numa 'vigília' no bairro do Leblon, no cruzamento da Avenida Delfim Moreira com a Rua Aristides Espínola, onde mora o governador do Rio, Sérgio Cabral. Após mais de seis horas de manifestação, que chegou a reunir cerca de cem pessoas, o grupo decidiu permanecer no local durante a madrugada.
 
Pedindo a saída de Sérgio Cabral do cargo, eles cantaram músicas agradecendo o apoio de paulistas e manifestantes de outros estados, que, na semana passada, também fizeram uma passeata contra o governador do Rio. O protesto também lembrou o desaparecimento de Amarildo, morador da Rocinha. Ao passar em frente à loja da Toulon, que foi depredada em uma manifestação no último dia 17, o grupo gritou o nome do servente de pedreiro e fez um minuto de silêncio.Com direito a trompete e latas, os manifestantes protestaram contra o governador durante toda a noite. A passeata, que foi pacífica durante todo o tempo, interditou a Avenida Delfim Moreira. Segundo o Centro de Operações, o trecho entre a Visconde de Albuquerque e a Venânico Flores foi fechado no fim da tarde. Os carros foram desviados para a Avenida Visconde de Albuquerque. A região, que fica próximo ao prédio onde Cabral mora com a família, teve a segurança reforçada, com mais de cem policiais. Um dos militares portava uma câmera e filmava o grupo. Também estava presente o novo tipo de policiamento, com identificação alfanumérica.
 
Um grupo de manifestantes projetou imagens e mensagens de protesto na fachada de um prédio próximo ao que reside Cabral. Uma faixa contra a Polícia Militar foi estendida na frente do local onde os policiais se posicionaram. Na esquina da Rua Aristides Espínola, manifestantes colocaram faixas com frases como “Fora, Cabral”.
 
Membros da Ordem de Advogados do Brasil (OAB) acompanharam a passeata. A Auditoria Militar do Ministério Público também esteve presente no protesto para observar a atuação da polícia, que estava de prontidão na região desde o início da tarde. Treze carros do Batalhão de Choque se posicionaram na Rua Aristides Espínola, que também ficou bloqueada ao trânsito, na altura da orla. Nove carros da PM e um blindado do Batalhão de Choque também foram deslocados. Por volta de 20h30m, o blindado que estava na Aristides Espínola já havia deixado a rua, assim como grande parte do efetivo e dos manifestantes.
 
29 de julho de 2013
RENATA LEITE, COM G1
CIBELLE BRITO

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