"A verdade será sempre um escândalo". (In Adriano, M. Yourcenar)

"Quero imaginar sob que novos traços o despotismo poderia produzir-se no mundo... Depois de ter colhido em suas mãos poderosas cada indivíduo e de moldá-los a seu gosto, o soberno estende seus braços sobre toda a sociedade... Não quebra as vontades, mas as amolece, submete e dirige... Raramente força a agir, mas opõe-se sem cessar a que se aja; não destrói, impede que se nasça; não tiraniza, incomoda, oprime, extingue, abestalha e reduz enfim cada nação a não ser mais que um rebanho de animais tímidos, do qual o governo é o pastor. (...)
A imprensa é, por excelência, o instrumento democrático da liberdade."
Alexis de Tocqueville (1805-1859)



domingo, 21 de julho de 2013

PARLAMENTARES DO EUA PEDEM A OBAMA NOVA POLÍTICA PARA O IRÃ

   
 
 
Na última quinta-feira, mais de cem membros da Câmara de Representantes dos EUA, entre republicanos e democratas, assinaram uma carta para pedir à administração do presidente Barack Obama que reconsidere a sua política com relação ao Irã, após a eleição de Hassan Rohani (foto), considerado “moderado”, para a presidência do país islâmico.
 
Hassan Rouhani foi eleito no Irã para a presidência com mais de 50% dos votos. Considerado “moderado”, analistas políticos estimam uma melhoria das relações com o Ocidente.

Entre os 118 legisladores (mais de um quarto dos membros da Câmara) que assinaram a carta, 15 deles eram republicanos, destacando a necessidade de um “esforço diplomático renovado no marco de uma estratégia mais ampla” para o Irã. A carta foi enviada à Casa Branca na sexta (19).

O pedido acontece em detrimento das declarações belicistas do primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, contra o Irã, dizendo que seu país tomará medidas unilaterais contra Teerã devido ao seu programa nuclear, que Tel-Aviv acusa ter fins militares, sem evidências e ao contrário do afirmado pelas autoridades persas.

Após a eleição de Rohani para a presidência do país, alguns ex-parlamentares norte-americanos pediram a Obama que se empenhasse por novas conversações multilaterais e bilaterais com o Irã quando o novo governo iraniano for formado e por evitar atos de provocação que poderia reduzir a janela de oportunidade para uma “política mais moderada” de Teerã.

LÍDER SUPREMO

Em fevereiro, o líder supremo da Revolução Islâmica do Irã, Said Ali Khamenei rechaçou qualquer diálogo com os Estados Unidos sob pressão, ao considerar que as contínuas pressões e ameaças exercidas pelo país contra o povo persa durante os últimos 34 anos (desde a Revolução de 1979) e a solicitação de Washington para dialogar com Teerã são coisas “incompatíveis” que demonstram a falta de honestidade dos EUA.

Além disso, uma nova rodada de sanções unilaterais dos Estados Unidos entrou em vigor no dia 1º de julho, planejada para afetar drasticamente a economia iraniana, com alvo na moeda iraniana, no setor automotriz, na construção naval e na indústria petrolífera do Irã.

O país lida atualmente com uma taxa de inflação de mais de 31% e já foi alvo de diversas sanções dos próprios EUA e de países europeus, além de resoluções da ONU no mesmo sentido.
Os EUA e aliados ocidentais acusam Teerã de perseguir objetivos bélicos com seu programa de energia nuclear, e se baseia neste pretexto para impor duras sanções ao país persa.

Além de rechaçar as acusações, a República Islâmica do Irã assinala constantemente que, como membro da Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA) e signatário do Tratado de Não Proliferação (TNP), tem o direito legítimo a adquirir e desenvolver um programa nuclear com fins pacíficos.

(transcrito do site IrãNews)

21 de julho de 2013
Do Portal Vermelho 

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