"A verdade será sempre um escândalo". (In Adriano, M. Yourcenar)

"Quero imaginar sob que novos traços o despotismo poderia produzir-se no mundo... Depois de ter colhido em suas mãos poderosas cada indivíduo e de moldá-los a seu gosto, o soberno estende seus braços sobre toda a sociedade... Não quebra as vontades, mas as amolece, submete e dirige... Raramente força a agir, mas opõe-se sem cessar a que se aja; não destrói, impede que se nasça; não tiraniza, incomoda, oprime, extingue, abestalha e reduz enfim cada nação a não ser mais que um rebanho de animais tímidos, do qual o governo é o pastor. (...)
A imprensa é, por excelência, o instrumento democrático da liberdade."
Alexis de Tocqueville (1805-1859)



sexta-feira, 3 de fevereiro de 2012

INTOCÁVEIS MALFEITORES

Nesse mar de lama, os chefes da banda larga que se apropriou do Brasil fazem das tripas coração para mostrar que o mensalão é o grande mal do tipo de governo que Luiz Erário da Silva impôe ao País desde 2002.

O mensalão não é o pior, nem o maior escândalo. É só o mais cândido crime hediondo que um sistema político pode sofrer. É só uma vitrine. A grande chacina moral e fisiológica está nos depósitos da natureza lulática que a nação sofre há dez anos.

Ao colocar em prática a "estratégia de coalizão", Luiz Erário estabeleceu o regime das máfias, o sistema de núcleos de domínio social.

Bastou comprar os mecanismos de defesa do povo - com o caudal de dinheiro achacados em impostos - para torná-los, mais do que em blocos de aliados, numa pandilha de sevandijas, cúmplices de malfeitos, sem qualquer risco de punição.

O sistema está nas entranhas dos poderes constituídos e contaminou os organismos instituídos da sociedade. De sindicatos a con/federações; de organizações não governamentais a institutos e fundações; de igrejas a forças desarmadas, somos todos reféns de uma súcia de intocáveis malfeitores.

03 de fevereiro de 2012
sanatório da notícia

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