"A verdade será sempre um escândalo". (In Adriano, M. Yourcenar)

"Quero imaginar sob que novos traços o despotismo poderia produzir-se no mundo... Depois de ter colhido em suas mãos poderosas cada indivíduo e de moldá-los a seu gosto, o soberno estende seus braços sobre toda a sociedade... Não quebra as vontades, mas as amolece, submete e dirige... Raramente força a agir, mas opõe-se sem cessar a que se aja; não destrói, impede que se nasça; não tiraniza, incomoda, oprime, extingue, abestalha e reduz enfim cada nação a não ser mais que um rebanho de animais tímidos, do qual o governo é o pastor. (...)
A imprensa é, por excelência, o instrumento democrático da liberdade."
Alexis de Tocqueville (1805-1859)



sexta-feira, 3 de fevereiro de 2012

MISCELÂNEA DO SANATÓRIO

Os Escabrosos
Em uma das raras oportunidades em que sua coluna permitiu a Joaquim Barbosa mostrar sua verticalidade, ele disse ontem, em plena devolução da independência ao Conselho Nacional de Justiça: "As decisões do conselho passaram a expor situações escabrosas no seio do poder judiciário nacional". Falou e disse. Mas escabroso mesmo é saber que essas situações existem. E mais escabroso mesmo é senhores de anéis querendo esconder o cilicone fajuto da im(p)unidade embaixo da toga, pobre manto de alegoria ultrapassada e fora de contexto.

MAIS UM

O até agora intocável Mantega está escorregando na sujeira da sua Fazenda. Depois da porta da Casa da Moeda arrombada, ele "mandou" investigar o que havia por baixo dos panos de Luiz Felipe Denucci que ele manteve na chefia da estatal após vários alertas sobre o envolvimento do servidor em esquema de corrupção. Mantega é mais um dos legados de Luiz Erário da Silva à governança de Dilma nesse terceiro mandato lulático.

A FÁCIL REFORMA POLÍTICA

Marco Maia, o presidente que viaja e deixa a Câmara ao léu, ameaça que os parlamentares vão "trabalhar muito" neste ano legislativo que ora começa.

Ora, se começa! Um dos mais trabalhosos e polêmicos assuntos em pauta é a anunciada reforma política.

Só nesse Brasil que eles inventam é que uma reforma política se torna difícil assim. Não há nada mais simples, precisa ter apenas um artigo:

1) Em nome da democracia, o voto deixa de ser obrigatório e passa a ser facultativo.

03 de fevereiro de 2012

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