"A verdade será sempre um escândalo". (In Adriano, M. Yourcenar)

"Quero imaginar sob que novos traços o despotismo poderia produzir-se no mundo... Depois de ter colhido em suas mãos poderosas cada indivíduo e de moldá-los a seu gosto, o soberno estende seus braços sobre toda a sociedade... Não quebra as vontades, mas as amolece, submete e dirige... Raramente força a agir, mas opõe-se sem cessar a que se aja; não destrói, impede que se nasça; não tiraniza, incomoda, oprime, extingue, abestalha e reduz enfim cada nação a não ser mais que um rebanho de animais tímidos, do qual o governo é o pastor. (...)
A imprensa é, por excelência, o instrumento democrático da liberdade."
Alexis de Tocqueville (1805-1859)



sexta-feira, 3 de fevereiro de 2012

TEORIA GERAL DOS PORCOS


“Não dêem o que é sagrado aos cães, nem atirem pérolas aos porcos; caso contrário, estes as pisarão e, aqueles, voltando-se contra vocês, os despedaçarão”. (Mateus 7,6)

O aviso bíblico adverte há 2 mil anos que não devemos dar pérolas aos porcos. Deixemos os cães de lado, embora o perigo seja maior. Quanto aos cães, talvez esse seja o futuro do Brasil; por enquanto vivemos a Era dos Porcos.

A TEORIA GERAL DOS PORCOS que descreverei dá conta daqueles para os quais nos matamos em avisar, advertir, observar, sempre com o bom intuito, a boa fé de quem quer visar somente o Bem. Mas a TEORIA não vê nos porcos nenhuma resposta aos avisos e aos conhecimentos que passamos quase diariamente. O que vemos é uma rejeição máxima, surda, indiferente. Daí os resultados funestos que amealhamos em todos os níveis da vida brasileira. Desde cedo aviso que a TEORIA GERAL DOS PORCOS não é um arremedo evangélico e não tem qualquer crítica ou censura, até porque o sentido original de Mateus é outro. Os Porcos de Mateus são rejeitados em favor da lealdade a Jesus.

Mas quem são os porcos, porque mesmos entre eles existem diferenças apreciáveis? A TEORIA GERAL DOS PORCOS tipifica os “porcos”.

Em primeiro lugar, o ponto de partida da TEORIA resulta da constatação de que há dois tipos humanos, e brasileiros em particular: os que merecem ser chamados e tratados como porcos, e os não-porcos, uma minoria desprezível. Porcos seriam todos que não entendem as verdades antigas, ou não as conhecem por ignorância ou limitação ideológica. Devo admitir que a limitação ideológica é de tal ordem que os porcos representam 90% da população, se não estou sendo modesto.

Com isso em mente devemos então reparar no porco TIPO 1. Este é avesso a qualquer informação útil e necessária, até para ele mesmo. Aqui, neste tipo, está o beócio, o tacanho, o idiota feliz, o analfabeto criado nas estufas do comunismo tupiniquim. Este tipo não traz nada de casa, para piorar as coisas. Pelo contrário, até traz coisas ruins, vis, viciosas. Isso o faz um porco perigoso, totalmente tapado (embora ele se ache feliz com as migalhas que ganha do Estado). Já estamos na terceira geração desse tipo. Isso tem conseqüências políticas indimensionáveis. De tal tipo nada devemos esperar de bom. A caridade aqui é temerária; a bondade e a generosidade que podemos pregar e fazer, é inútil. É desse tipo que surgem os cães raivosos quando completamente libertos.


O porco Tipo 1 é desanimador para um cristão cheio de boa vontade. Ficamos chocados quando não temos resposta ou reação do Tipo 1. Essa brutal falta de interesse por verdades há muito silenciadas faz com que esse Tipo tenha trocado o intelecto, a ética e a moral, por favores materiais que os mantém vivos. Ética para quê? Porcos 1 são Legião, dão votos e votos. Eles são baratos e por isso comprados no mercado político e econômico por ninharias. Eles são porcos por ninharias. Eles têm direitos a ninharias.

Não tentem educar, alfabetizar, ou orientar um Porco 1. É pura perda de tempo. Já ouviram falar em dissonância cognitiva? Porco Tipo 1 é 100 % dissonante. Não há quem os convença senão pela chantagem material, na concessão de direito onerosos aos outros (os não-porcos) para o usufruto do que não lhe pertence, ou no “perdão” dos seus crimes, sejam quais forem.

O PORCO TIPO 2

Já este tipo 2 apresenta claras esperanças aos catequizadores. A nossa tarefa se altera por completo: o Porco Tipo 2 aceita ouvir e cotejar intelectualmente as novas informações que lhes passamos. A informação é recebida até com paciência e humildade (coisa rara hoje) pelo Porco Tipo 2. Dá até vontade de não chamá-los mais de Porcos, coitados.


O Tipo 2 é capaz de se interessar por coisas novas, novas sabedorias, coisa incomuns que o intelecto pode captar e deliberar. O porco 2 é curioso. Isso significa um certo afastamento do egoísmo. Ele se envergonha do comportamento egoísta, tipo “meu pirão primeiro”. O Tipo 1 não é dotado de vergonha, portanto incapaz de pruridos ou constrangimentos morais.

O Tipo 2 é especialmente atingido pelas Teorias Conspiratórias. E isso tem um lado bom. A tendência da juventude, por exemplo, em desconfiar de governos e instituições, a torna receptiva a informações que vão neste tom de crítica política. No entanto, a informação qualificada de que estou falando é o informe, o up grade da informação, alcançado após várias peneiras e filtragens (a peneira da bobagem e da desinformação). Porcos 1 são 100% desinformados e controlados – eles não estão nem no domínio de si mesmos.

O Porco Tipo 2, embora possa compreender, ainda não é isento de manchas. Se sua ação tomar rumos perigosos, prejudiciais e ou criminosos, o seu rebaixamento ao Tipo 1 é inevitável. Além disso, há um outro aspecto: o Tipo 1 é assustadoramente populoso. Por isso o controle estatal sobre esse tipo deve ser máximo porque as coisas saem do lugar com muita velocidade. Isso leva a uma escalada de medo, ignorância e poder. O Porco Tipo 1 tem um medo mortal de que o Estado pense em se livrar dele.

Já faz quatro décadas que o Brasil vive neste clima. O porco 2 pertence há uma desoladora minoria, mas é o único que podemos alcançar com nossa ação. É pena que ele está e vive cercado de porcos Tipo 1, e isso o força a se comportar como o Tipo 1, às vezes, por medo ou por efeito de manada.

O PORCO TIPO 3

Enquanto o tipo 1 é pura ignorância, burrice, e sem vergonhice, o Tipo 3 é mais perverso por não contar o que sabe e ocultar o que está fazendo. O Porco Tipo 3 pode ser um comunista ou um liberal; um ateu ou um crente devoto. Pode ser até um maçônico grau 33. Nos Estados Unidos um tal de Albert Pyke asseverava no século XIX que “a escória humana estúpida não deve saber de nada”. O Tipo 1 deve sua ignorância, sua impotência, e sua escravidão aos senhores Tipo 3, maçônicos desse grau, socialistas, e todo tipo de fanático totalitário.


Querem um exemplo próximo? Tarso Genro, governador do Rio Grande do Sul, ex-ministro da Justiça, da Educação – ele é um porco 3 típico. Esse tipo adora a “inteligência”. Vive falando em “inteligência”, e ainda lhe dá um tom “coletivo”, “comunitário” para disfarçar a intenção perversa do que leva em mente.

Os porcos Tipo 3 são uma minoria – uma elite que desfila entre os espectros das raposas e o dos leões, aproveitando a tipologia pareteana (Vilfredo Pareto, 1848-1923). É uma oligarquia comunista, politicamente falando, ou, melhor, uma oligarquia pura e consistente construída por baixo da ideologia socialista. A vaidade deste tipo é notável. É vista frequentemente no topo de alguma pirâmide. Não são necessariamente malignos porque alguns precisam estudar muito os catecismos comunistas e totalitários. Se, no entanto, precisarmos rotulá-los de malignos estaremos recorrendo mais a Mateus 7,6.

A TEORIA GERAL DOS PORCOS admite um elo, um meio-termo, entre os endogenamente ruins de espírito e a ruindade puramente humana. Veremos exemplos deles mais adiante na TEORIA.

Outra característica do Porco Tipo 3 é sua atração por Educação, Pedagogia e Jornalismo – eles detém o monopólio da informação e da educação. Eles quase as inventaram no Brasil. Universidade e a TV são suas pocilgas mais notáveis.

É óbvio que para esses porcos refinados no crime, no genocídio, na enganação socialista, o ato de lhes dar uma pérola na forma de um voto é também uma temeridade. A TEORIA GERAL DOS PORCOS aconselha a não se dar pérolas a porcos nem votar neles. O processo é muito simples: só existe hoje o porco atípico, o Tipo 2, o qual pode deixar de ser porco – e para isso não precisamos esperar que ele entre no céu, ou que reencarne melhor da próxima vez, para que receba a nossa ajuda. Podemos cultivá-los, e é nosso dever transformá-los a não-porcos.

Uma sabedoria religiosa muito antiga descreveu uma tipologia humana em apenas três atributos. Seus tipos tamas e rajas assemelham-se aos nossos porcos tipos 1 e 2, respectivamente, o porco ignorante e material, e o porco curioso e com intelecto reativo. O porco quase maldito, tipo 3, tem um atributo quase demoníaco por aprendizado, por doutrinação e treinamento; ele não é uma excrescência do Divino. A sabedoria antiga do Sanatana Darma tipificava o terceiro atributo como um sublime processo de elevação do ser humano à Divindade, algo pelo qual valia a pena o desapego material e o sacrifício. Era o seu mais radical oposto.

A tarefa mais urgente que temos é, portanto, mostrar o Tipo 3 tal como ele é. Isso enseja a uma investigação dentro das diversas atividades humanas. Poderíamos até fazer um manual intuitivo da TEORIA GERAL DOS PORCOS para a população sensível segundo suas atividades profissionais, suas preferências estéticas e éticas. A revelação da Teoria Geral dos Porcos através de exemplos, figuras, símbolos, provocaria surpreendentes ranger de dentes, e de quem nem de longe suspeitaríamos. Mas isso fica para outro desenvolvimento.

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