"A verdade será sempre um escândalo". (In Adriano, M. Yourcenar)

"Quero imaginar sob que novos traços o despotismo poderia produzir-se no mundo... Depois de ter colhido em suas mãos poderosas cada indivíduo e de moldá-los a seu gosto, o soberno estende seus braços sobre toda a sociedade... Não quebra as vontades, mas as amolece, submete e dirige... Raramente força a agir, mas opõe-se sem cessar a que se aja; não destrói, impede que se nasça; não tiraniza, incomoda, oprime, extingue, abestalha e reduz enfim cada nação a não ser mais que um rebanho de animais tímidos, do qual o governo é o pastor. (...)
A imprensa é, por excelência, o instrumento democrático da liberdade."
Alexis de Tocqueville (1805-1859)



sexta-feira, 8 de junho de 2012

MARTA SUPLICY SEGUE EXEMPLO DE LULA E NADA FALA SOBRE APOIO À CANDIDATURA DE HADDAD

A senadora Marta Suplicy (PT-SP) seguiu o exemplo de Lula no caso do ministro Gilmar Mendes e está em silêncio desde que faltou ao evento que oficializou a candidatura de Fernando Haddad à Prefeitura de São Paulo, no sábado.

Assediada pelos jornalistas no Congresso, que insistiam em pedir uma declaração sobre a ausência no evento da candidatura petista, a senadora disse que tinha apenas uma coisa a declarar: “Estou onde sempre estive”.

Marta Suplicy reiterou que não vai se pronunciar sobre o episódio com Haddad e disse estar tranquila. “Há um tempo para falar e um tempo para silenciar. Eu falei o que tinha que falar sobre o meu gesto. Tenho que ficar quieta, me preservem.”

Acrescentou apenas ser “bobagem” as especulações de que poderia deixar o PT para ingressar no PMDB: “Eles não têm o que falar, ficam inventando história”.
A senadora vai passar o feriado de Corpus Christi em São Paulo e confirmou que estará presente na Parada Gay, marcada para domingo na Avenida Paulista.

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IRRITAÇÃO E PERPLEXIDADE

A ausência de Marta no evento de Haddad gerou irritação e perplexidade no comando do PT. No sábado, a senadora não compareceu, embora na véspera tenha confirmado presença. Segundo petistas, ela chegou a sair de casa com destino ao encontro do partido, mas não apareceu e manteve os celulares desligados desde então.

Na segunda-feira, a senadora divulgou uma nota de duas linhas alegando “impedimentos pessoais” para ausência. Mas sua assessoria não especificou quais são esses “impedimentos”.

Segundo a repórter Gabriela Guerreiro, da Folha, a senadora está irredutível. Ao ser consultada pela assessoria sobre a possibilidade de conceder entrevistas, Marta assim reagiu: “Nem pensar”.

08 de junho de 2012
Carlos Newton

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