"A verdade será sempre um escândalo". (In Adriano, M. Yourcenar)

"Quero imaginar sob que novos traços o despotismo poderia produzir-se no mundo... Depois de ter colhido em suas mãos poderosas cada indivíduo e de moldá-los a seu gosto, o soberno estende seus braços sobre toda a sociedade... Não quebra as vontades, mas as amolece, submete e dirige... Raramente força a agir, mas opõe-se sem cessar a que se aja; não destrói, impede que se nasça; não tiraniza, incomoda, oprime, extingue, abestalha e reduz enfim cada nação a não ser mais que um rebanho de animais tímidos, do qual o governo é o pastor. (...)
A imprensa é, por excelência, o instrumento democrático da liberdade."
Alexis de Tocqueville (1805-1859)



sexta-feira, 13 de julho de 2012

DILMA IMITA LULA: "PAÍS VIVE UMA REALIDADE NUNCA ANTES VISTA".

Ela citou medidas do governo, como redução de juros, uma taxa de câmbio que impede que a indústria seja sucateada e apontou para a perspectiva de redução de impostos
 
A nostalgia dominou a cerimônia de batismo da Plataforma P-59, na Bahia. A presidente Dilma Rousseff, ao lado da presidente da Petrobrás, Maria das Graças Foster, destacou que a "teimosia" do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva mostrou que o Brasil é capaz de construir uma plataforma como a que foi inaugurada hoje e, relembrando a expressão do seu antecessor, disse que o País vive uma realidade "nunca antes vista".
 
Ela citou medidas do governo, como redução de juros, uma taxa de câmbio que impede que a indústria seja sucateada e apontou para a perspectiva de redução de impostos. "Os juros no País estão como nunca antes atingiram", declarou.
A presidente afirmou hoje que a crise internacional será uma oportunidade para o Brasil crescer e produzir. "O Brasil está em outro caminho, o nosso caminho não é igual ao deles", disse.
Em seu discurso, ela lembrou que o Brasil atualmente "reparte o bolo" enquanto os países europeus vivem uma realidade de desemprego, corte de salários e de benefícios dos trabalhadores.
"Tem países europeus com taxa de desemprego de 25%", ressaltou. "O nosso caminho não é caminho de tirar o direito de trabalhadores, o nosso caminho é outro", emendou.

Para Dilma, o caminho do País é o de manter o desenvolvimento e garantir que as vantagens sejam distribuídas, com emprego de qualidade e capacitação dos trabalhadores. "O meu governo está atento a isso para que, diante dessa situação internacional, o desempenho seja o melhor possível, aproveitando oportunidades", afirmou.

'Uma das maiores nações do mundo'

A presidente disse ainda que o Brasil irá se "transformar em uma das maiores nações do mundo". Ela reiterou que mesmo com o acirramento da crise financeira internacional, o País é composto de pessoas alegres e felizes e está conseguindo construir o seu caminho ao longo do século XXI e se transformando em uma das maiores nações do mundo. "Eu tenho imensa confiança na capacidade do meu povo de enfrentar desafios e encontrar soluções", argumentou, sob aplausos dos que estavam presentes.

Vestida com um blusão laranja da Petrobras, Dilma disse que é da época, não tão distante, em que diziam que o País deveria importar tudo e transferir o dinheiro para as viúvas e trabalhadores de outros países. "Mas nós teimamos, primeiro porque somos capazes sim de construir plataformas, de ter achado o pré-sal e depois de 20 anos estamos construindo a primeira sonda no País. Porque não seríamos capazes de construir uma plataforma?"
E disse que isso é em razão do bom nível de nossas indústrias e trabalhadores.

"O mais interessante é que nós fomos a segunda maior indústria naval do mundo, até os anos 80", disse a presidente, reiterando que a decisão de construir essa plataforma foi por "teimosia de um brasileiro chamado Lula".
E emendou: "Isso é um imenso orgulho, mas sobretudo uma promessa de futuro, o que tem aqui não é só aço, sistema computadorizado, aqui está um caminho de futuro, o fato é que vamos continuar gerando emprego e renda para a população brasileira."

Além da presidente Dilma e de Graça Foster, o governador da Bahia, Jacques Wagner (PT), o ministro das Minas e Energia, Edison Lobão, e o ex-presidente da Petrobrás José Sergio Gabrielli participaram do evento.

Daiene Cardoso, da Agência Estado
13 de julho de 2012

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