
Relator do processo do Mensalão do PT, Barbosa afirmou no relatório que João Paulo Cunha participou de um esquema de corrupção que envolveu a agência SMP&B, de propriedade de Marcos Valério Fernandes de Souza, Cristiano Paz e Ramon Hollerbach.
Em seu voto, o ministro destacou que o deputado petista consentiu que dinheiro fosse desviado da Câmara por meio de contrato firmado com a SMP&B, o que lhe rendeu R$ 50 mil, valor sacado pela sua mulher do petista em uma agência do Banco Rural, em Brasília.
O criminalista Alberto Zacharias Toron, que defende o deputado petista, considerou absurda a sentença do ministro Joaquim Barbosa. Toron, que não acompanhou a leitura da sentença do relator, alegou na defesa que seu cliente recebera o dinheiro de Delúbio Soares, tesoureiro do PT à época do mensalão.
A situação de João Paulo Cunha torna-se ainda mais difícil, pois a alegação da defesa de que existiu caixa 2 cai por terra e migra para o crime de corrupção passiva, cuja pena é de dois a doze anos de prisão. Fingindo desconhecer a gravidade da decisão do ministro do STF, João Paulo Cunha disse estar animado e focado na campanha. É preciso saber quando o ex-presidente da Câmara perceberá o tamanho do estrago.
18 de agosto de 2012
ucho.info
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