"A verdade será sempre um escândalo". (In Adriano, M. Yourcenar)

"Quero imaginar sob que novos traços o despotismo poderia produzir-se no mundo... Depois de ter colhido em suas mãos poderosas cada indivíduo e de moldá-los a seu gosto, o soberno estende seus braços sobre toda a sociedade... Não quebra as vontades, mas as amolece, submete e dirige... Raramente força a agir, mas opõe-se sem cessar a que se aja; não destrói, impede que se nasça; não tiraniza, incomoda, oprime, extingue, abestalha e reduz enfim cada nação a não ser mais que um rebanho de animais tímidos, do qual o governo é o pastor. (...)
A imprensa é, por excelência, o instrumento democrático da liberdade."
Alexis de Tocqueville (1805-1859)



segunda-feira, 19 de novembro de 2012

ELETROBRAS VOLTA A TER GRANDE QUEDA NA BOLSA. É O DESASTRE DILMA.

Bolsa sobe, mas Eletrobras volta a ter maior queda do índice. Depois de fechar a R$ 2,08 na sexta-feira, dólar recua a R$ 2,07
 
 O Ibovespa, principal índice da Bolsa de valores de São Paulo (Bovespa) opera em alta nesta segunda-feira, contagiado pelo otimismo dos mercados externos. Há expectativa de que uma solução para o chamado “abismo fiscal” nos EUA seja encontrada sem maiores complicações entre o governo democrata de Barack Obama e os republicanos.
 
Por volta de 14h44m, o índice subia 2,06% aos 56.550 pontos e volume negociado de R$ 5,5 bilhões, inflado pelo vencimento de opções sobre ações na Bovespa, que movimentou R$ 2,59 bilhões. Os mercados terão uma semana mais curta com o feriado do Dia da Consciência Negra no Brasil, nesta terça, e o Dia de Ação de Graças, nos Estados Unidos, na quinta.

No mercado de câmbio, o dólar comercial opera em queda frente ao real, depois de bater a maior cotação dos últimos três anos, na sexta-feira, fechando acima de R$ 2,08. A moeda americana está sendo negociada a R$ 2,070 na compra e R$ 2,072 na venda, uma baixa de 0,48%. O dólar comercial acompanha o movimento registrado no exterior, com a diminuição da aversão ao rsico.

As ações da Eletrobras aparecem novamente nesta segunda entre as maiores quedas do índice. Os papéis Eletrobras PNB caem 9,40% a R$ 10,51 e os ON (ações ordinárias, com direito a voto) da estatal perdem 6,49% a R$ 8,65. Na sexta, as ações preferenciais da Eletrobras perderam 11,5%, fechando a R$ 11,60. Foi a maior queda diária de fechamento desde 12 de novembro de 2008, para a menor cotação desde setembro de 2005. Na mínima da sessão, a ação preferencial -- que é a mais negociada -- chegou a cair 14,5%, a R$ 11,21 reais.

Analistas do banco Barclays reduziram a recomendação das ações ordinárias e preferenciais da Eletrobras, de "equalweight" (na média do mercado) para "underweight" (performance abaixo da média do mercado), após a notícia de que a empresa deve aderir ao plano do governo para renovar as concessões de usinas que venceriam em 2015. Segundo analistas, a adesão pode ocasionar perda de receita de R$ 9,6 bilhões por ano.

Na ponta das maiores altas estão as ações ON da OGX Petróleo, que sobem 5,05% a R$ 4,78.

Entre os papéis mais negociados do Ibovespa, Vale PNA tem alta de 1,73% a R$ 35,23, ajudando a elevar o índice. A Vale anunciou, antes da abertura do mercado, que obteve licença ambiental para a expansão da Estrada de Ferro de Carajás (EFC), que liga as operações de mineração da companhia no Pará ao terminal marítimo de Ponta da Madeira, no Maranhão. A licença foi dada pelo Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (IBAMA).

Os papéis PN da Petrobras, que também têm peso expressivo no índice, sobem 2,41% a R$ 19,50; as ações PN do Itaú Unibanco avançam 2,89% a R$ 30,92 e PDG Realty ON sobe 2,40% a R$ 2,99.

No mercado doméstico, o relatório Focus, elaborado pelo Banco Central, mostrou que a expectativa para o IPCA este ano passou de 5,46% para 5,45% e para 2013 caiu para 5,39% de 5,40%. A expectativa para o PIB este ano passou de 1,54% para 1,52% e, em 2013, de 4,0% para 3,96%.

Na Europa, as principais Bolsas operam em alta nesta segunda-feira. O Ibex, principal índice da Bolsa de Madri, sobe 2,31%; o Dax, da Bolsa de Frankfurt, avança 2,57%; o Cac, da Bolsa de Paris, sobe 3,01% e o FTSE, do pregão de Londres, tem ganho de 2,34%. Os pregões americanos também seguem a onda de otimismo dos mercados e operam em alta. O S&P 500 sobe 1,50%; o Dow Jones avança 1,22% e o Nasdaq tem alta de 1,60%.

O mercado acredita que uma solução para o “abismo fiscal” nos EUA seja encontrada sem maiores complicações entre o governo democrata de Barack Obama e os republicanos. Na semana passada, os investidores ficaram temerosos com a possibilidade de os EUA entrarem em recessão, no ano que vem, caso um pacto fiscal não seja acertado no país.

Barack Obama afirmou neste final de semana que conseguirá negociar a situação fiscal dos EUA. Ele reuniu-se com os líderes do Congresso e o acordo pode sair antes do fim do ano. O "abismo fiscal" é o encerramento automático dos subsídios tributários a uma parcela da população e um corte de US$ 110 bilhões nos gastos discricionários no início do ano que vem. Essas medidas podem levar a economia americana a uma recessão, de acordo com analistas.

Os investidores acompanham também a reunião dos ministros de finanças na zona do euro, nesta terça, que deve decidir sobre a liberação do empréstimo para a Grécia. O governo grego finalizou alguns detalhes a respeito das reformas estruturais e monitoramento fiscal, segundo jornal grego "Kathimerini". As reforma foram exigidas pela Troika - formada por representantes do Fundo Monetário Internacional (FMI), Comissão Europeia e Banco Central Europeu.


Na Ásia, as principais Bolsas fecharam em alta. O índice Nikkei, da Bolsa de Tóquio, subiu 1,43% após uma pesquisa mostrar que o prinicpal partido de oposição pode vencer as eleições gerais de dezembro. A possibilidade de um acordo para evitar o "Abismo Fiscal" nos EUA animou também animou os investidores. O índice Hang Seng, da bolsa de Hong Kong, subiu 0,49%. Na bolsa de Xangai, o Xangai Composto avançou 0,11%. Na Coreia do Sul, o Kospi subiu 0,93%.

19 de novembro de 2012
O Globo

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