"A mais bela das fotos não valerá jamais o que vale um belo desenho – depois da descoberta da fotografia nos disseram isso muitas vezes – mas o mais belo dos desenhos poderá substituir o mérito da fotografia, testemunha insubstituível do instante, substituta privilegiada da realidade?" Brassaii

Não tinha o menor interesse por fotografia, antes pelo contrário, achava que aquilo não era arte. Até conhecer o trabalho feito por seu conterrâneo, André Kertész.
Ficou tão impressionado que resolveu estudar e se dedicar a esse meio totalmente novo para ele. E tomou uma boa providência: mudou de nome já que o seu era muito difícil de pronunciar, que dirá decorar. Escolheu Brassaii em memória de sua cidade natal, Brasso, que era também, reza a lenda, a cidade natal do Conde Drácula.
Apaixonou-se por Paris e com sua câmera saiu fotografando a cidade, quase sempre à noite. Ganhava a vida fotografando para jornais e revistas, ilustrando artigos e matérias, mas à noite passou a fotografar já com a intenção de publicar um livro sobre o lado escuro de Paris.
O livro, Paris de Nuit, é uma coleção fascinante de tipos de má fama, a típica fauna do bas fond da Paris dos anos 20/30: prostitutas, cafetinas, travestis, rufiões, chicaneiros e todo tipo de viciados.

"Bijou", a 'madame' dos cabarés de Montmarte

Legenda desnecessária

Nos bastidores do Folies Bergères

Amanhece nas escadarias de Montmartre
Publicado em 1933, o livro é considerado até hoje um dos mais notáveis ensaios fotográficos daquela primeira metade do século XX.
19 de novembro de 2012
in r.noblat
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