"A verdade será sempre um escândalo". (In Adriano, M. Yourcenar)

"Quero imaginar sob que novos traços o despotismo poderia produzir-se no mundo... Depois de ter colhido em suas mãos poderosas cada indivíduo e de moldá-los a seu gosto, o soberno estende seus braços sobre toda a sociedade... Não quebra as vontades, mas as amolece, submete e dirige... Raramente força a agir, mas opõe-se sem cessar a que se aja; não destrói, impede que se nasça; não tiraniza, incomoda, oprime, extingue, abestalha e reduz enfim cada nação a não ser mais que um rebanho de animais tímidos, do qual o governo é o pastor. (...)
A imprensa é, por excelência, o instrumento democrático da liberdade."
Alexis de Tocqueville (1805-1859)



terça-feira, 27 de novembro de 2012

TCU VAI APURAR ENVOLVIMENTO DE SERVIDORES EM ESQUEMA

 
Ex-auditor do tribunal entregou esquema para a Polícia Federal

José Múcio, ministro do Tribunal de Contas da União (TCU)
José Múcio, ministro do TCU, afirmou que vai abrir sindicância para apurar denúncias (ED Ferreira/AE)

O ministro do Tribunal de Contas da União (TCU), José Múcio, pediu nesta terça-feira a abertura de sindicância para apurar suposto envolvimento de servidores no esquema de venda de pareceres técnicos em favor de empresas.

O ex-auditor da Corte Cyonil da Cunha Borges de Faria Júnior, delator da máfia dos pareceres, citou em depoimento à Polícia Federal a existência de um possível "esquema de fraudes a licitações e contratos no órgão", com participação de funcionários da Secretaria Técnica e dos gabinetes de Múcio e do ex-ministro Marcos Vinícius Villaça, que se aposentou.

As investigações do TCU vão ficar a cargo da corregedoria. Nesta terça, o tribunal explicou ter solicitado cópia do inquérito à Polícia Federal para subsidiar os trabalhos.
Em nota, adiantou que a conduta de Cyonil e seus respectivos desdobramentos serão objeto de apuração. Na véspera, o tribunal informava que aguardaria "o desenrolar dos fatos" para adotar medidas.

O TCU ponderou que, em encontro com jornalistas na semana passada, policiais da Superintendência da Polícia Federal em São Paulo disseram não haver servidores ou autoridades de seus quadros sob investigação no âmbito da Operação Porto Seguro.

Cyonil contou à PF ter recebido do ex-diretor da Agência Nacional de Águas (ANA) Paulo Rodrigues Vieira, apontado como chefe da quadrilha investigada, oferta de 300 000 reais para beneficiar a empresa Tecondi em processo do TCU. Ele chegou a receber 100 000 mil por parecer sugerindo a liberação de áreas do Porto de Santos. No entanto, o TCU deu decisões contrárias à empresa.

Veja Online
27 de novembro de 2012

(Com Estadão Conteúdo)

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