"A verdade será sempre um escândalo". (In Adriano, M. Yourcenar)

"Quero imaginar sob que novos traços o despotismo poderia produzir-se no mundo... Depois de ter colhido em suas mãos poderosas cada indivíduo e de moldá-los a seu gosto, o soberno estende seus braços sobre toda a sociedade... Não quebra as vontades, mas as amolece, submete e dirige... Raramente força a agir, mas opõe-se sem cessar a que se aja; não destrói, impede que se nasça; não tiraniza, incomoda, oprime, extingue, abestalha e reduz enfim cada nação a não ser mais que um rebanho de animais tímidos, do qual o governo é o pastor. (...)
A imprensa é, por excelência, o instrumento democrático da liberdade."
Alexis de Tocqueville (1805-1859)



terça-feira, 18 de dezembro de 2012

BRASIL MARAVILHA DOS FARSANTES: APAGÃO DA ELETROBRAS

 


O Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS) confirmou ontem que o mais recente apagão, de uma série de seis iniciada em 22 de setembro, se originou numa subsidiária da Eletrobras, a exemplo de quase todos os demais. A interrupção do último sábado, que atingiu 12 estados das regiões Sudeste e Centro-Oeste, se deveu a uma falha da subestação Itumbiara (GO), de Furnas.
Segundo nota do órgão, 8,8 mil megawatts (MW) de carga foram desligados às 17h55 e o sistema só foi normalizado cerca de uma hora depois. Em 25 de outubro, quando 50 milhões de pessoas ficaram sem luz em 11 estados, o ministro interino de Minas e Energia, Márcio Zimmermann, admitiu que a sequência de apagões não era "algo normal".
O incidente lançou dúvidas sobre o efeito que a renovação antecipada de contratos de concessão promovida pelo governo poderá ter na segurança do sistema. A Eletrobras será o grupo que mais perderá receita e tem a maior parcela dos planos de investimento do setor. A estatal poderá ser indenizada em R$ 25 bilhões por ativos não amortizados
Para Luiz Vicente Gentil, pesquisador da Universidade de Brasília (UnB), os apagões ilustram a fragilidade do sistema elétrico. "São 103 mil quilômetros de linhas vulneráveis a pequenos acidentes, de raios a queimadas", afirmou. O país também corre risco por causa da explosão da demanda. "É preciso fazer algo logo, pois caminhamos para repetir a crise de 2001", alertou.

SÍLVIO RIBAS Correio Braziliense
18 de dezembro de 2012

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