"A verdade será sempre um escândalo". (In Adriano, M. Yourcenar)

"Quero imaginar sob que novos traços o despotismo poderia produzir-se no mundo... Depois de ter colhido em suas mãos poderosas cada indivíduo e de moldá-los a seu gosto, o soberno estende seus braços sobre toda a sociedade... Não quebra as vontades, mas as amolece, submete e dirige... Raramente força a agir, mas opõe-se sem cessar a que se aja; não destrói, impede que se nasça; não tiraniza, incomoda, oprime, extingue, abestalha e reduz enfim cada nação a não ser mais que um rebanho de animais tímidos, do qual o governo é o pastor. (...)
A imprensa é, por excelência, o instrumento democrático da liberdade."
Alexis de Tocqueville (1805-1859)



domingo, 27 de janeiro de 2013

IL NOME DELLA ROSA

 

o nome da rosa
Um jovem noviço chegou ao mosteiro e deram-lhe a tarefa de ajudar os outros monges a transcrever os antigos cânones e regras da Igreja.

Ele ficou surpreso ao ver que os monges faziam o seu trabalho a partir de cópias e não dos manuscritos originais.
Foi falar com o abade e explicou que, se alguém houvesse cometido um erro na primeira cópia, esse erro propagar-se-ia em todas as cópias posteriores.

O abade respondeu-lhe que há séculos copiavam da cópia anterior, mas que achava bem relevante a observação do noviço.

Na manhã seguinte, o abade desceu até as profundezas da caverna na cave do mosteiro, onde eram conservados os manuscritos e pergaminhos originais que não eram manuseados há muitos séculos.

Passou-se a manhã, a tarde e depois a noite, sem que o abade desse sinais de vida. Preocupado, o jovem noviço decidiu descer e ver o que tinha acontecido.
Encontrou o abade completamente descontrolado, com as vestes rasgadas, a bater com a cabeça ensanguentada nas veneráveis paredes do mosteiro.

Espantado, o jovem monge perguntou:

– Abade, o que aconteceu?

- Aaaaaaaahhhhhhhhhh!
CARIDADE!
CARIDADE!
Eram votos de “CARIDADE” que tínhamos de fazer.
E não de “CASTIDADE”!


27 de janeiro de 2013
Marc Aubert
(*) O nome da rosa.

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