"A verdade será sempre um escândalo". (In Adriano, M. Yourcenar)

"Quero imaginar sob que novos traços o despotismo poderia produzir-se no mundo... Depois de ter colhido em suas mãos poderosas cada indivíduo e de moldá-los a seu gosto, o soberno estende seus braços sobre toda a sociedade... Não quebra as vontades, mas as amolece, submete e dirige... Raramente força a agir, mas opõe-se sem cessar a que se aja; não destrói, impede que se nasça; não tiraniza, incomoda, oprime, extingue, abestalha e reduz enfim cada nação a não ser mais que um rebanho de animais tímidos, do qual o governo é o pastor. (...)
A imprensa é, por excelência, o instrumento democrático da liberdade."
Alexis de Tocqueville (1805-1859)



sexta-feira, 22 de março de 2013

ALOYSIO NUNES CRITICA GESTÃO PETISTA DA PETROBRAS

 

Foto: Gerdan Wesley
Foto: Gerdan Wesley
O senador Aloysio Nunes (PSDB-SP) criticou a gestão da Petrobras nos governos petistas. Segundo afirmou, ao apresentar o novo plano de negócios da empresa, a própria presidente, Graça Foster, faz uma autocrítica, pois procura corrigir erros de planejamento dos anos anteriores.
O líder do PSDB citou dois erros, considerados por ele principais, na gestão do governo petista da Petrobras.
O primeiro seria a revisão de planos de construção de plantas de refino decidida segundo critérios político-eleitorais. A desistência da venda da Refinaria Pasadena, comprada pela Petrobras na gestão de Gabrielli de Azevedo, seria o segundo erro.
Para o senador, a gestão equivocada da empresa tem custado caro aos pequenos acionistas, com a desvalorização das ações, levando a um prejuízo, desde setembro de 2010, de aproximadamente 40%.
- As ações NOs, que dão direito a voto, foram vendidas, quero lembrar, na oportunidade daquela capitalização, por R$ 29,65. Essas mesmas ações valiam, em 18 de março, segunda-feira, R$ 17,64, ou seja, um prejuízo nominal até agora de 41% – informou o senador em pronunciamento no Plenário nesta sexta-feira (22).
Aloysio Nunes ressaltou ainda a o lucro inferior da empresa brasileira em comparação com outras petrolíferas do mundo. Segundo o senador, enquanto em 2012 a Petrobras teve um lucro bruto de US$ 10,7 bilhões, a Shell alcançou, no mesmo período, um lucro de US$ 27 bilhões, e a British Petroleum, de US$ 26 bilhões.
Ele também questionou o que teria sido feito com a elevação das receitas da empresa, já que houve um aumento do preço médio do barril de petróleo desde 2003, enquanto a produção tem desacelerado. Segundo Aloysio Nunes, no governo Fernando Henrique Cardoso o Brasil aumentou em 115% a produção de petróleo. Já nos governos de Luiz Inácio Lula da Silva e de Dilma Rousseff, a produção, como informou, teve elevação de apenas 47%. E nesse período, de acordo com o senador, o petróleo quintuplicou de preço.
- O que se observa é que nas últimas gestões da Petrobras, em que a presidente Dilma esteve intimamente implicada, perderam uma oportunidade fantástica de dar ao Brasil de fato a autossuficiência na produção de petróleo e derivados – avaliou.
O parlamentar questionou ainda a baixa produtividade da empresa diante do aumento do número de seus empregados de 46 mil para 85 mil nas gestões petistas. Aloysio Nunes também afirmou ter havido erros em investimentos no refino.
- Foram feitos com muito atraso, mal planejados e utilizados de forma desastrosa. De tal forma que hoje a Petrobras é uma das grandes responsáveis pelo déficit da nossa balança comercial – afirmou.
O senador Anibal Diniz (PT-AC), em aparte ao pronunciamento de Aloysio Nunes, defendeu a gestão da empresa, dizendo que a Petrobras vai recuperar sua lucratividade em 2014.
- A Petrobras é uma empresa muito sólida. Mesmo que ela passe por um período de turbulência, não tem nenhum risco de o investidor perder com a Petrobras. A Petrobras continua sendo um grande investimento para os brasileiros – afirmou.
Após o aparte, Aloysio Nunes voltou a criticar a estratégia petista de utilização da Petrobras para segurar a inflação e disse esperar que o governo consiga corrigir seus erros.
- Tomara que o governo consiga se redimir dos erros do passado. E nós estaremos vigilantes aqui. Essa é a nossa função.
 
22 de março de 2013
Agência Senado

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