"A verdade será sempre um escândalo". (In Adriano, M. Yourcenar)

"Quero imaginar sob que novos traços o despotismo poderia produzir-se no mundo... Depois de ter colhido em suas mãos poderosas cada indivíduo e de moldá-los a seu gosto, o soberno estende seus braços sobre toda a sociedade... Não quebra as vontades, mas as amolece, submete e dirige... Raramente força a agir, mas opõe-se sem cessar a que se aja; não destrói, impede que se nasça; não tiraniza, incomoda, oprime, extingue, abestalha e reduz enfim cada nação a não ser mais que um rebanho de animais tímidos, do qual o governo é o pastor. (...)
A imprensa é, por excelência, o instrumento democrático da liberdade."
Alexis de Tocqueville (1805-1859)



quarta-feira, 27 de março de 2013

É ISSO Aí... UMA BOA PERGUNTA PARA O ELEITOR DO SÉRGIO GUARDANAPO CABRAL

O metrô do Rio está com 300 anos de atraso. O de Londres festejou 150 anos, até a rainha foi lá. O de Moscou dos Romanoffs tem mais do que isso. O mesmo no resto do mundo. E a incompetência com as enchentes?


O deputado Alexandre Molon fez restrições e acusações ao governador. Só em matéria de metrô, são as seguintes, assustadoras e arrasadoras. E todas com nome e sobrenome, dele e de Cabral.


Cabral, a “autoridade”

1 – Para expandir o metrô da Barra, foi necessário fechar por 10 meses a estação da General Osório.

2 – Abandonaram o projeto da Linha 4, essencial, que ligaria a Barra ao Centro da cidade, passando pelo Jardim Botânico. (Que tem um dos trânsitos mais congestionados dos bairros).

3 – A BBC fez estudo comparando o metrô do Rio com o de outras grandes capitais. Conclusão: o do Rio precisaria de 300 anos para chegar até onde já foi o metrô de Londres.

4 – A BBC lembra também que o metrô foi fundamental para a última Olimpíada, em Londres, e o que será da próxima, no Rio?

5 – Molon mostra que o metrô do Rio cresce 1,03 de estação, por ano. Enquanto o de Xangai cresce 16,2. Algum comentário do governador, ou ele explicará que está tentando levar o metrô até Mangaratiba?

O ABANDONO DAS CIDADES DESTROÇADAS PELAS CHUVAS

O povão fica assustado e impressionado com essas tragédias que acontecem ano após ano, sem a menor providência por parte das autoridades, desculpem identificar Cabral com esse nome. Xerém, Duque de Caxias, Magé, São Gonçalo, Petrópolis, Friburgo, Teresópolis, sofrem com a mesma incompetência de sempre.

No capítulo das enchentes, o senador Lindbergh faz críticas e pesadas acusações ao governador. 887 milhões repassados pela União, para a tragédia de 2011, ainda não foram utilizados.
E cita textualmente as obras não executadas:
"Construção de casas, contenção de encostas, dragagem de rios, drenagem da água das chuvas, reconstrução de pontes, obras do PAC”.
Isso em 2011, que lamentavelmente é passado, mas acontece novamente.


O ABANDONO DA TRÁGEDIA DE 2011 É MAIOR AINDA EM 2012

Cabral respondeu em nota oficial tola. Mas o secretário de Obras do Estado do Rio falou a O Globo. Disse, sem o menor constrangimento: “Logo depois da tragédia de 2011, aplicamos 70 milhões repassados pelo governo federal”. Só que o mais grave, que matou 28 pessoas e desabrigou milhares, vem depois, na mesma entrevista.

Gravíssimo e criminoso: “Temos 2 bilhões e 200 milhões, um total a ser ainda investido na região. Sendo que 1 bilhão e 200 milhões de recursos federais”. Por que não investem? Vão esperar as enchentes de 2013 no início de 2014? Nenhum exagero, o crime se repete todo ano.
E o governo federal que REPASSA os recursos e não cobra o investimento?

Desculpem, fui o mais sintético, fico horrorizado com o que acontece no Estado do Rio. Quando estou vendo na televisão as enchentes que atingem centenas de milhares de pessoas, as mesmas vítimas dos irresponsáveis governantes, desligo. Só os mais pobres são atingidos.
É vergonhoso que as pessoas que receberam doações pelos crimes de 2011, perderam tudo, novamente, nas enchentes de 2012/2013.

E como o secretário de Obras afirma candidamente que ainda não aplicou 1 bilhão ou 1 bilhão e 200 milhões, é fácil identificar: as vítimas das enchentes de 2013/2014 serão as mesmas. E Dona Dilma, que diz que “ninguém pode governar sozinho”, precisa explicar: fiscalizar não é governar?

PASTOR FELICIANO SÓ SAI POR ORDEM DE EDUARDO CUNHA

O assunto continua sendo discutido. Um racista, homofóbico e corrupto, presidindo a Comissão de Direitos Humanos (e de Minorias). Num dia o próprio presidente da Câmara pede para ele renunciar. No outro garante, “estou fortíssimo, aprovado pela opinião pública, fui eleito”.

A palavra de Henrique Eduardo Alves valeria quando ele era intimíssimo do lobista chefe, agora líder do PMDB. Rompidos, na questão a intervenção do fundador do PSC (o partido de Feliciano) vale mais do que a do presidente da Câmara. Feliciano só sai quando Cunha determinar: “Renuncie”. A opinião pública é ele.

O MISTÉRIO DE CHIPRE EA FALTA DE ORSON WELLES

O mundo inteiro e a economia global giram a 300 km por hora, na curtíssima pista bancária dessa ilha. O mistério, na verdade, tem que ser escrito entre aspas. Os bancos da ilha, pública e reconhecidamente, vivem e sobrevivem lavando dinheiro, da Rússia, principalmente, e de quem quiser ou precisar.

Que filme Orson Welles faria , como fez com o mais poderoso dono de jornal dos EUA, William Randolph Hearst. Foi “queimado” na indústria, arriscou e jogou fora a formidável carreira, “emparedado” pelos magnatas do cinema. Ah! Welles, não deixastes nem um herdeiro?

PARABÉNS AO CONSELHO DE MEDICINA NO CASO DO ABORTO

Todos os louvores ao Conselho Nacional de Medicina (apoiado por quase todos os Conselhos Regionais), a respeito do apoio ao aborto até três meses de gravidez. Essa é um reflexão e uma decisão sensata.

Num país em que são feitos mais de 1 milhão de abortos de risco, é total hipocrisia ficar contra a sugestão importante do Conselho. Obrigar a manter a gravidez, provocada das mais diversas formas (incluindo o estupro), é um absurdo, e mais grave: uma violência contra o direito das mulheres.

Segundo a Constituição, as mulheres (como qualquer cidadão) têm o direito de ir e vir. Mas só se não fizerem aborto. É uma restrição ditatorial, arbitrária e autoritária.

27 de março de 2013
Helio Fernandes

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