"A verdade será sempre um escândalo". (In Adriano, M. Yourcenar)

"Quero imaginar sob que novos traços o despotismo poderia produzir-se no mundo... Depois de ter colhido em suas mãos poderosas cada indivíduo e de moldá-los a seu gosto, o soberno estende seus braços sobre toda a sociedade... Não quebra as vontades, mas as amolece, submete e dirige... Raramente força a agir, mas opõe-se sem cessar a que se aja; não destrói, impede que se nasça; não tiraniza, incomoda, oprime, extingue, abestalha e reduz enfim cada nação a não ser mais que um rebanho de animais tímidos, do qual o governo é o pastor. (...)
A imprensa é, por excelência, o instrumento democrático da liberdade."
Alexis de Tocqueville (1805-1859)



sexta-feira, 12 de julho de 2013

MINISTÉRIO PÚBLICO ABRE INVESTIGAÇÃO CONTRA RENAN POR USO DE AVIÃO DA FAB

Apuração é sobre supostas irregularidades na utilização de aeronave pelo presidente do Senado. Ministro da Previdência também será investigado. MP já pediu apuração sobre uso de aeronaves oficiais pelo presidente da Câmara.
 
 

A Procuradoria da República no Distrito Federal abriu investigação preliminar para apurar supostas irregularidades no uso de um avião da FAB (Força Aérea Brasileira) pelo presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL). O ministro da Previdência, Garibaldi Alves, também será alvo de investigação similar. Semana passada, a Procuradoria da República instaurou procedimento para apurar uso indevido de um voo da FAB pelo presidente da Câmara, Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN).
 
O procurador Igor Nery abriu investigação contra Renan na quarta-feira e já enviou ofício com pedido de informações ao senador e ao comando da Aeronáutica. Renan usou um avião da FAB para ir ao casamento da filha do senador Eduardo Braga (PMDB-AM) em Trancoso, na Bahia, em 15 de junho. O senador reconheceu o erro e pagou R$ 32 mil pelos gastos com o voo. Mas, ainda assim, o Ministério Público entende que é necessário investigar o caso para verificar se o senador incorreu em improbidade.
 
O mesmo procedimento já foi adotado em relação ao presidente da Câmara. Henrique Eduardo Alves pagou R$ 9 mil para compensar a carona que ofereceu em um avião da FAB a um grupo de familiares e amigos. O grupo viajou de Natal ao Rio de Janeiro para assistir à final da Copa das Confederações, no Maracanã. Para o Ministério Público, o pagamento feito pelo deputado não encerra o caso. O procurador Frederico Paiva já enviou ofício cobrando explicações do deputado e da Aeronáutica.
 
O procurador Hélio Heringer avisou que abrirá investigação para apurar o uso indevido de um jato da FAB pelo ministro Garibaldi Alves, primo de Henrique Eduardo Alves. O ministro viajou de Fortaleza ao Rio também para assistir à final da Copa das Confederações. Garibaldi alega que estava em Fortaleza à serviço e, no retorno, poderia a cidade onde passaria o fim de semana.

12 de julho de 2013
Jailton de Carvalho - O Globo

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