"A verdade será sempre um escândalo". (In Adriano, M. Yourcenar)

"Quero imaginar sob que novos traços o despotismo poderia produzir-se no mundo... Depois de ter colhido em suas mãos poderosas cada indivíduo e de moldá-los a seu gosto, o soberno estende seus braços sobre toda a sociedade... Não quebra as vontades, mas as amolece, submete e dirige... Raramente força a agir, mas opõe-se sem cessar a que se aja; não destrói, impede que se nasça; não tiraniza, incomoda, oprime, extingue, abestalha e reduz enfim cada nação a não ser mais que um rebanho de animais tímidos, do qual o governo é o pastor. (...)
A imprensa é, por excelência, o instrumento democrático da liberdade."
Alexis de Tocqueville (1805-1859)



terça-feira, 16 de julho de 2013

PRÉ-CANDIDATO À PRESIDÊNCIA, EDUARDO CAMPOS NEGA IDA PARA PT

 
Onda de boatos surgiu após encontros do governador de Pernambuco com o ex-presidente Lula
 

O governador de Pernambuco, Eduardo Campos, durante encontro nacional de militantes e parlamentares do PSB, no Rio, no último dia 13
Foto: Marcelo Fonseca / Agência O Globo
O governador de Pernambuco, Eduardo Campos, durante encontro nacional de militantes e parlamentares do PSB, no Rio, no último dia 13 Marcelo Fonseca / Agência O Globo
 
Pré-candidato à Presidência em 2014, o governador de Pernambuco, Eduardo Campos, do PSB, negou nesta terça-feira as especulações de que poderia se filiar ao PT para disputar o cargo com o aval do ex-presidente Lula. Campos também descartou a possibilidade de ser o vice na chapa da presidente Dilma Rousseff, que disputará a reeleição.
A onda de boatos dentro do PSB sobre os dois cenários, em caso de naufrágio da candidatura de Dilma, tem causado mal estar entre os socialistas.

— Não tem a menor procedência. Nem uma coisa, nem outra — afirmou o governador ao chegar à Basílica do Carmo, no Centro de Recife, onde está sendo comemorado o dia de Nossa Senhora do Carmo, padroeira da cidade.
 
Campos negou ainda estar de saída do PSB para qualquer outra legenda. Depois das manifestações que tomaram conta das ruas de todo o pais, o governador se reuniu com Lula por duas vezes. Outro fator foi de que Campos reduziu o ritmo das aparições em público.
 
— Um dia eu vou acertar o ritmo. Uns dizem que está demais, outros que está de menos. Eu tenho fé em Deus que um dia vou acertar — disse Campos ironizando as especulações sobre seu destino político.
 
Para o socialista, as conversas com Lula são “rotina”:
 
— Minhas conversas com o (ex) presidente Lula não são mais nem notícia porque elas fazem parte da rotina de pessoas que militam no mesmo campo político, e que conversam com frequência. Sempre conversamos quando há necessidade, sem nenhum obstáculo nessas conversas.
 
O governador disse que vai manter a agenda nacional, mas voltou a negar que esteja em campanha para a presidência:
 
— Cada coisa em seu tempo. 2014 ainda não chegou. Precisamos ajudar o Brasil a vencer 2013. Acho que a hora é de buscarmos unidade em torno do grande objetivo, que é fazer com que o país possa não perder o ano. Esse é o nosso objetivo. Estamos conversando com tranquilidade com o partido, com os parlamentares, as pessoas estão tranquilas. E o PSB vai fazer o que tiver que fazer.
 
Campos participou de uma das missas em homenagem à padroeira, cuja festa se encerra com procissão até a cidade de Olinda, no final da tarde desta terça-feira. No percurso até o lado do altar, o governador foi abordado várias vezes por fiéis e eleitores.

16 de julho de 2013
Letícia Lins - O Globo

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