"A verdade será sempre um escândalo". (In Adriano, M. Yourcenar)

"Quero imaginar sob que novos traços o despotismo poderia produzir-se no mundo... Depois de ter colhido em suas mãos poderosas cada indivíduo e de moldá-los a seu gosto, o soberno estende seus braços sobre toda a sociedade... Não quebra as vontades, mas as amolece, submete e dirige... Raramente força a agir, mas opõe-se sem cessar a que se aja; não destrói, impede que se nasça; não tiraniza, incomoda, oprime, extingue, abestalha e reduz enfim cada nação a não ser mais que um rebanho de animais tímidos, do qual o governo é o pastor. (...)
A imprensa é, por excelência, o instrumento democrático da liberdade."
Alexis de Tocqueville (1805-1859)



segunda-feira, 30 de janeiro de 2012

DILMA HUMILHA NEGROMONTE MAIS UM POUCO. PRA QUÊ?

Dilma humilha, como vocês verão, o ministro Mário Negromonte mais um pouco. Pra quê? Não é ela quem manda? Leiam o que vai na VEJA Online, por Gabriel Castro:

O governo determinou a exoneração do chefe da Assessoria Parlamentar do Ministério das Cidades, João Ubaldo Coelho Dantas.
A demissão foi oficializada nesta segunda-feira por meio do Diário Oficial e é assinada pela ministra-chefe da Casa Civil, Gleisi Hoffmann.
Ubaldo é mais um aliado do ministro Mário Negromonte a perder o cargo. O servidor exonerado era encarregado de negociar as emendas parlamentares - foco de parte das suspeitas que recaem sobre a aplicação dos recursos da pasta.

O processo de fritura de Negromonte, cada vez mais frágil no cargo, teve início ainda em agosto do ano passado. Reportagem de VEJA mostrou que o ministro havia oferecido 30 000 reais a deputados de seu partido, o PP, em uma tentativa de manter a influência de seu grupo político dentro da legenda.

De lá para cá, não faltaram escândalos no currículo de Negromonte: ele foi, por exemplo, flagrado fazendo promoção pessoal e de seu filho em um evento custeado com verbas do ministério no interior da Bahia. E foi acusado de se reunir com lobistas de uma empresa que, depois, venceria uma concorrência para a área de informática da pasta.

Antes do chefe da Assessoria Parlamentar, o chefe de gabinete do ministério, Cássio Peixoto, perdera o cargo na semana passada. A situação de Negromonte é frágil porque, além de perder apoio do governo, ele não tem respaldo nem mesmo dentro do próprio partido - que só não entregou ainda a cabeça do ministro porque teme perder o controle sobre o orçamento bilionário das Cidades.

30 de janeiro de 2012
Reinaldo Azevedo

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