"A verdade será sempre um escândalo". (In Adriano, M. Yourcenar)

"Quero imaginar sob que novos traços o despotismo poderia produzir-se no mundo... Depois de ter colhido em suas mãos poderosas cada indivíduo e de moldá-los a seu gosto, o soberno estende seus braços sobre toda a sociedade... Não quebra as vontades, mas as amolece, submete e dirige... Raramente força a agir, mas opõe-se sem cessar a que se aja; não destrói, impede que se nasça; não tiraniza, incomoda, oprime, extingue, abestalha e reduz enfim cada nação a não ser mais que um rebanho de animais tímidos, do qual o governo é o pastor. (...)
A imprensa é, por excelência, o instrumento democrático da liberdade."
Alexis de Tocqueville (1805-1859)



segunda-feira, 30 de janeiro de 2012

UM CANALHA CHAMADO FERNANDO MORAIS

Artigo XIX da Declaração Universal dos Direitos Humanos:

Toda pessoa tem direito à liberdade de opinião e expressão; este direito inclui a liberdade de, sem interferência, ter opiniões e de procurar, receber e transmitir informações e idéias por quaisquer meios e independentemente de fronteiras.

Jornalista e escritor, e portanto defensor e dependente da liberdade de expressão, Fernando Morais, reconhecido especialista em Cuba, não pretende se envolver no caso da blogueira cubana Yoani Sánchez, cuja tentativa de vir ao Brasil virou notícia nestes dias que antecedem viagem da presidenta Dilma Rousseff à ilha de Fidel Castro. Morais quer distância do assunto por um motivo simples: política.

Amigo da revolução castrista, cujo saldo considera positivo ao povo de lá, o escritor acredita que críticas públicas ao país – e ele diz que também teria razões para criticar - só “ajudariam o inimigo”, os Estados Unidos e seu bloqueio à ilha. Yoani discorda do regime e o ataca via blog. Para Morais, ajudá-la é ficar contra a revolução.

“Sou defensor da liberdade de expressão. Mas, em primeiro lugar, defendo o direito de 11 milhões de cubanos que estão sendo espezinhados pelos americanos”, afirmou o escritor nesta sexta-feira (27), durante um debate sobre livro que lançou no segundo semestre de 2011 sobre a prisão e a condenação de cinco cubanos nos Estados Unidos, chamado “Os últimos soldados da guerra fria”.

“Em nome das minhas convicções, não posso apoiar uma moça que vem dedicando a vida a combater a revolução”, disse Morais no debate, que fez parte das atividades do Fórum Social Temático, grande encontro de esquerda. “Eu não vou mexer um palito para que essa moça venha ao Brasil.”

(Publicado naquele lixo chamado Carta Maior)
29 de janeiro de 2012
coroneLeaks

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