"A verdade será sempre um escândalo". (In Adriano, M. Yourcenar)

"Quero imaginar sob que novos traços o despotismo poderia produzir-se no mundo... Depois de ter colhido em suas mãos poderosas cada indivíduo e de moldá-los a seu gosto, o soberno estende seus braços sobre toda a sociedade... Não quebra as vontades, mas as amolece, submete e dirige... Raramente força a agir, mas opõe-se sem cessar a que se aja; não destrói, impede que se nasça; não tiraniza, incomoda, oprime, extingue, abestalha e reduz enfim cada nação a não ser mais que um rebanho de animais tímidos, do qual o governo é o pastor. (...)
A imprensa é, por excelência, o instrumento democrático da liberdade."
Alexis de Tocqueville (1805-1859)



sexta-feira, 16 de março de 2012

A QUESTÃO INDÍGENA E O PODER DAS ARMAS NO CAPITALISMO

As nossas reservas indígenas, possuidoras de áreas de milhões de hectares, riquíssimas em recursos minerais, estanho, diamante, ouro, nióbio, zinco, caulim, ametista, cobre, diatomito, barita, molibdênio, titânio, e outros mais, além da segunda maior reserva de urânio do planeta, requerem maior poder militar para a devida soberania.

Muitas delas, possuem garimpos clandestinos, alguns, comandados pelos próprios índios da região, possibilitando grande evasão de minérios, inclusive diamantes e muito ouro, sem controle algum do Estado. O índio possui apenas a posse da terra garantida pelo Estado através da Constituição de 1988, sem direitos a exploração dos minérios do subsolo pertencentes exclusivamente a União.

Por outro lado, a concentração de riquezas em mãos de poucos, dos poderosos e dos ricos, só é possível deixando o trabalhador com muitos menos do que lhes caberia na produção da riqueza. Além desse clássico jeito de acumular de riquezas, existem outros, como privatizações de siderais riquezas estatais, pertencentes ao povo, acumuladas ao longo de muitos anos de árduo trabalho e sacrifícios, que são transferidas para as mãos das elites, em poucas horas, leiloadas a preços de bananas, com as privatizações FHC/PSDB.

Tratando-se de operações de grande vulto, requerendo uso de força militar para apossar da riqueza alheia, como as invasões militares do Iraque e da Líbia pelos EUA, visando posse e controle das gigantescas reservas de petróleo dessas desarmadas nações (sem poder de fogo nuclear), tem sido necessário somente inventar um pretexto. E pelo que vimos, qualquer um serve, desde que insistentemente sustentado pela grande mídia mundial.

Para as elites dominantes, pouco importa o mecanismo de acumular riquezas, se explorando o trabalhador, se controlando mercados de minérios, moedas, alimentos, tecnologias, máquinas, equipamentos, se com invasões militares, implantação e/ou alianças com sangrentas corruptas ditaduras, etc. Tudo é válido, desde que dentro de certos preceitos e essências do sistema capitalista, e realizado com a devida competência.

E para piorar as coisas para o trabalhador, o sistema democrático capitalista cria todas as necessárias facilidades de livre trânsito aos poderosos, permitindo-lhes permanentes intimidades com o Poder, além do efetivo controle da grande “mídia livre”, situando-os acima das leis e de tudo.

Em ambientes assim, fazer um governo nacionalista e direcionado aos estratégicos e verdadeiros interesses da nação e do povo, é tarefa quase impossível, além de muito arriscado.

Tendo em conta todos os desarranjos inerentes ao sistema e das siderais desgraças e humilhações acontecidas com nações detentoras gigantes reservas de riquezas naturais de petróleo, temos que tomar todas as providências para viabilizar a construção, em curto tempo, de um mínimo de poder de fogo nuclear, capaz de dissuadir quaisquer maiores intenções de violências e saques ao nosso Brasil.

Quem possui gigantescas reservas de petróleo e de extensão territorial, imensas reserva de água doce e de minérios, mais uma esplêndida, riquíssima e diversificada Amazônia, é certo que cedo ou tarde, vai deparar com o pior, a menos que tenhamos o devido patriotismo, muita coragem e inteligência para agir enquanto há tempo. Acorda Brasil.

16 de março de 2012
Welinton Naveira e Silva

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