"A verdade será sempre um escândalo". (In Adriano, M. Yourcenar)

"Quero imaginar sob que novos traços o despotismo poderia produzir-se no mundo... Depois de ter colhido em suas mãos poderosas cada indivíduo e de moldá-los a seu gosto, o soberno estende seus braços sobre toda a sociedade... Não quebra as vontades, mas as amolece, submete e dirige... Raramente força a agir, mas opõe-se sem cessar a que se aja; não destrói, impede que se nasça; não tiraniza, incomoda, oprime, extingue, abestalha e reduz enfim cada nação a não ser mais que um rebanho de animais tímidos, do qual o governo é o pastor. (...)
A imprensa é, por excelência, o instrumento democrático da liberdade."
Alexis de Tocqueville (1805-1859)



sexta-feira, 16 de março de 2012

COM AS IMINENTES MORTE OU DERROTA DE CHÁVEZ, SERÁ QUE VAI SOBRAR PARA NÓS O SUSTENTO DE CUBA?

Segundo vários analistas não há substituto para Hugo Chávez. Graças ao seu carisma, à sua esperteza e a uma grande dose de impetuosidade, queiram ou não, ele transformou a América Latina.
Essas características, aliadas a uma discutível simpatia, o poder na Venezuela é personificado por ele, e isso leva a dificuldades na sucessão.

Como os rumores de sua morte iminente pipocam por todo canto, não há dentro do seu partido (PSUV) um sucessor à altura e a oposição desta vez está bem organizada, periga haver uma guinada de 180 graus no relacionamento de Caracas com Havana, o que provavelmente resultará em crise para Cuba.

Com o fim do apoio econômico venezuelano, volta a ameaça de um aumento do empobrecimento na ilha, como aconteceu antes, com o fim da URSS. Só que àquela época Fidel aida estava nos trinques, rebolou mais que charuto em boca de bêbado e conseguiu uma sobrevida até a ascenção de Chávez e o consequente auxílio básico.
Agora, com Raúl no poder, sem a capacidade e o carisma de Fidel, vai ser difícil segurar o pepino, porque Cuba não tem nada além de um turismo incipiente e as propriedades em que os cubanos vivem.

Resta saber o seguinte: já que Dilma demonstrou que não está nem aí para os direitos humanos em Cuba, mas, em compensação, está interessadíssima em construir portos e usinas hidrelétricas por lá, será que vai sobrar para nós, brasileiros, carregar um país nas costas?

16 de março de 2012
Por Ricardo Froes

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