"A verdade será sempre um escândalo". (In Adriano, M. Yourcenar)

"Quero imaginar sob que novos traços o despotismo poderia produzir-se no mundo... Depois de ter colhido em suas mãos poderosas cada indivíduo e de moldá-los a seu gosto, o soberno estende seus braços sobre toda a sociedade... Não quebra as vontades, mas as amolece, submete e dirige... Raramente força a agir, mas opõe-se sem cessar a que se aja; não destrói, impede que se nasça; não tiraniza, incomoda, oprime, extingue, abestalha e reduz enfim cada nação a não ser mais que um rebanho de animais tímidos, do qual o governo é o pastor. (...)
A imprensa é, por excelência, o instrumento democrático da liberdade."
Alexis de Tocqueville (1805-1859)



segunda-feira, 30 de abril de 2012

BRIZOLA NETO SERÁ O NOVO MINISTRO DO TRABALHO

A presidente Dilma Rousseff escolheu o deputado Brizola Neto (PDT-RJ), de 33 anos, para o comando do Ministério do Trabalho. A decisão foi tomada em reunião entre Dilma e o presidente do PDT, Carlos Lupi, na manhã desta segunda-feira, em Brasília. A informação foi confirmada oficialmente pela Presidência, por meio de nota.
A presidenta manifestou confiança de que Brizola Neto, ex-secretário do Trabalho e Renda do Rio de Janeiro, ex-vereador e deputado federal pelo PDT, prestará grande contribuição ao país”, diz o texto.

Após a reunião com Lupi, Dilma conversou com Brizola Neto no Palácio do Planalto. No final da manhã, Lupi e o secretário-geral da Presidência, Gilberto Carvalho, dispararam telefonemas a políticos do PDT para comunicar a decisão da presidente Dilma. A posse do novo ministro está marcada para 11h da quinta-feira.

O Planalto avaliou que não ficaria bem para o governo passar o Dia do Trabalho, comemorado nesta terça-feira, sem indicar um nome para a pasta e decidiu acelerar as negociações com o PDT. A indefinição sobre o cargo teve início em dezembro do ano passado, com a demissão de Lupi, envolvido em denúncias de corrupção. O ministério foi ocupado interinamente por Paulo Roberto dos Santos Pinto, secretário-executivo da gestão anterior.

As centrais sindicais, especialmente a Força Sindical e a CUT, vinham pressionando a presidente Dilma a nomear Brizola Neto, aliado dos sindicalistas. O deputado havia se comprometido, caso fosse nomeado, a endurecer as regras para a criação de sindicatos - o que concentraria o poder nas mãos das grandes centrais. Com a demora na indicação, o deputado Paulo Pereira da Silva (PDT-SP), presidente da Força Sindical, chegou a ameaçar deixar a base aliada. Entretanto, assim como outros parlamentares do PR, ele nunca cumpriu a promessa.

Na lista tríplice do PDT, foram indicados, além de Brizola Neto, o deputado Vieira da Cunha (RS) e o secretário-geral da legenda, Manoel Dias. Mas o próprio partido estava dividido em relação aos nomes. Enquanto Paulo Pereira defendia a nomeação de Brizola, Lupi rejeitava a indicação.

O novo ministro do Trabalho é neto do ex-governador fluminense Leonel Brizola, fundador do PDT. Brizola Neto foi eleito para a Câmara dos Deputados em 2007. Em 2011, licenciou-se do cargo para ocupar a Secretaria de Trabalho e Renda do Rio de Janeiro, função que exerceu durante dois meses. Filiado à legenda desde 1997, seu primeiro cargo eletivo foi como vereador do Rio de Janeiro, em 2005.
(…)

Por Luciana Marques, na VEJA Online
30 de abril de 2012
Reinaldo Azevedo

Nenhum comentário:

Postar um comentário