"A verdade será sempre um escândalo". (In Adriano, M. Yourcenar)

"Quero imaginar sob que novos traços o despotismo poderia produzir-se no mundo... Depois de ter colhido em suas mãos poderosas cada indivíduo e de moldá-los a seu gosto, o soberno estende seus braços sobre toda a sociedade... Não quebra as vontades, mas as amolece, submete e dirige... Raramente força a agir, mas opõe-se sem cessar a que se aja; não destrói, impede que se nasça; não tiraniza, incomoda, oprime, extingue, abestalha e reduz enfim cada nação a não ser mais que um rebanho de animais tímidos, do qual o governo é o pastor. (...)
A imprensa é, por excelência, o instrumento democrático da liberdade."
Alexis de Tocqueville (1805-1859)



quarta-feira, 23 de maio de 2012

O RENASCIMENTO DOS BANCOS DE VAREJO

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Tecnologia está evoluindo rapidamente, encorajando os clientes a interagirem com os bancos de novas maneiras (Reprodução/Economist)
Ao longo dos próximos anos, eles se tornarão a parte mais interessante do setor bancário

Apesar de todas as esperanças de que a internet transformaria os bancos, a maior parte dos bancos online inaugurados no fim da década de 90 fecharam as suas portas virtuais.
A promessa dos bancos online parecia óbvia: a maior parte das pessoas já não usa muito dinheiro vivo, de modo que a economia já está em boa parte digitalizada; ir ao banco não é exatamente uma atividade prazerosa, então a maioria das pessoas ficaria satisfeita em ter um banco apenas virtual, do mesmo modo como se habituaram à ideia de comprar livros e discos na internet.

Contudo, exceto em países muito ricos, há hoje de 10% a 20% a mais de bancos de varejo pelo mundo. Em vez de tornar os bancos obsoletos, a internet os tornou um pouco mais convenientes. Os bancos convencionais adicionaram serviços online ao mesmo tempo em que expandiram as suas agências reais.

Durantes o anos da bolha digital, os bancos de varejo eram uma rua sem saída para profissionais ambiciosos. Os salários eram maiores nos bancos de investimento, e mesmo nas agências os cargos mais elevados destinavam-se àqueles gerentes que haviam atingido o mercado de investimentos.

Agora a área de varejo dos bancos tem recebido muito mais atenção: os maiores talentos estão sendo alocados nessa área para reduzir os custos e recuperar a lucratividade. Por outro lado, a tecnologia está evoluindo rapidamente, encorajando os clientes a interagirem com os bancos de novas maneiras.
Ao longo dos próximos anos, os bancos de varejo se tornarão a parte mais interessante do setor bancário.

Uma razão é que as pessoas ainda dão importância especial ao dinheiro, recusando-se muitas vezes a trocar de banco mesmo quando estão insatisfeitas com o serviço prestado. Outra é que, em certo sentido, os bancos são empresas de tecnologia. Muitos têm centenas, quiçá milhares, de funcionários trabalhando em departamentos de tecnologia de informação e a maioria está pronta para adotar novas maneiras de servir seus clientes.

23 de maio de 2012
opinião e notícia

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