"A verdade será sempre um escândalo". (In Adriano, M. Yourcenar)

"Quero imaginar sob que novos traços o despotismo poderia produzir-se no mundo... Depois de ter colhido em suas mãos poderosas cada indivíduo e de moldá-los a seu gosto, o soberno estende seus braços sobre toda a sociedade... Não quebra as vontades, mas as amolece, submete e dirige... Raramente força a agir, mas opõe-se sem cessar a que se aja; não destrói, impede que se nasça; não tiraniza, incomoda, oprime, extingue, abestalha e reduz enfim cada nação a não ser mais que um rebanho de animais tímidos, do qual o governo é o pastor. (...)
A imprensa é, por excelência, o instrumento democrático da liberdade."
Alexis de Tocqueville (1805-1859)



quinta-feira, 31 de maio de 2012

PAÍS SEM POBREZA?... CONTA OUTRA!

O programa Bolsa Família do governo Lula, foi a unificação dos Fome Zero, Bolsa Escola, Auxílio Gás e Cartão Alimentação, que recebeu do governo que o antecedeu.
Foi lançado pela lei 10.836/2004 de 9/1)2004: “ Cria o Programa Bolsa Família e dá outras providências”, sendo assinado pelo então presidente Luiz Inácio Lula da Silva e pelo ministro da Casa Civil, José Dirceu.


O Bolsa Família, que atinge cerca de 50 milhões de pessoas (26% da população), paga um benefício médio de R$ 115, ou seja um degrau acima do que o Banco Mundial estabelece como miséria absoluta. E esse programa, vilmente, virou um balcão de compra d e votos.

Tudo isso é ruim, mas há algo pior.
Na semana passada foi divulgado um número assustador: Existem no país 700 mil famílias em estado de miséria absoluta e desconhecidas pelo ministério do Desenvolvimento Social. Para se avaliar o que isso representa, se cada família for composta de 4 pessoas, somará um total de 2,8 milhões de brasileiros, número só superado por 2 das capitais dos estados brasileiros; São Paulo e Rio de Janeiro, as outras 25 são inferiores.
São famílias, que embora extremamente pobres, não estão sob o abrigo de programas sociais e de transferência de renda. Dessas chamadas famílias invisíveis, 40% estão em cidades com mais de 100 mil habitantes e não nos grotões das regiões Norte e Nordeste, como quase sempre se imagina, mas na periferia dos centros urbanos.

Dentro desse grupo faz parte um pintor de paredes morador em Franco da Rocha, na Região Metropolitana de São Paulo. Em 2007, teve uma acidente de trabalho. Caiu num fosso de elevador e teve os movimentos motores do lado esquerdo do corpo comprometidos. Como não era registrado e a empresa fechou as portas após o acidente, ficou sem nenhum tipo de cobertura.

Separado da mulher, mora com quatro filhos num cômodo de pouco mais de 30 metros quadrados, no fundo de um quintal, na Vila Zazu, o bairro pobre da cidade. É uma casa limpa, mas úmida e escura, erguida rente a um barranco ameaçador.

Na época das chuvas, Ferreira sempre é visitado pela Defesa Civil, que insiste para que abandone o lugar. “Sair para onde?”, indaga. “Aqui eu não pago aluguel!.

É o caso de perguntar à dona “presidenta”: Como é que fica o slogan inventado pelos seus enganadores em fevereiro de 2011: “Pais Rico É País Sem Pobreza?

(*) Texto de apoio: Roldão Arrruda.

31 de maio de 2012
Giulio Sanmartini

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