"A verdade será sempre um escândalo". (In Adriano, M. Yourcenar)

"Quero imaginar sob que novos traços o despotismo poderia produzir-se no mundo... Depois de ter colhido em suas mãos poderosas cada indivíduo e de moldá-los a seu gosto, o soberno estende seus braços sobre toda a sociedade... Não quebra as vontades, mas as amolece, submete e dirige... Raramente força a agir, mas opõe-se sem cessar a que se aja; não destrói, impede que se nasça; não tiraniza, incomoda, oprime, extingue, abestalha e reduz enfim cada nação a não ser mais que um rebanho de animais tímidos, do qual o governo é o pastor. (...)
A imprensa é, por excelência, o instrumento democrático da liberdade."
Alexis de Tocqueville (1805-1859)



domingo, 14 de outubro de 2012

WILTON FRANCO, POUCOS LEMBRAM, FOI O INVENTOR DE ROBERTO JEFFERSON

 

Ex-diretor da TV Globo, criador de “Os trapalhões” e de um número enorme de programas de sucesso na televisão, Wilton Franco morreu aos 82 anos na manhã deste sábado, em Penha, cidade de Santa Catarina.

Ele teve um princípio de AVC em casa e foi levado para o Hospital Nossa Senhora da Penha. A caminho da unidade, sofreu uma parada cardíaca e faleceu ainda na ambulância, por volta das 10h30m.


Wilton Franco

Eu gostava muito dele, trabalhamos juntos num programa diário na TV Bandeirantes, antes dele ir para Santa Catarina para comandar a equipe da figura extraordinária de Beto Carreiro.
Nas matérias que estão circulando sobre ele na internet, estão esquecendo um detalhe interessante. Wilton era um criador de astros e estrelas. E uma das personalidades criadas por ele tem freqüentado muito as manchetes dos jornais – chama-se Roberto Jefferson.

Jefferson era um jovem advogado de Petrópolis, que se formou aqui no Rio e começou a aparecer no programa O Povo na TV, no SBT, no qual o astro principal era outro amigo nosso, o cronista Fernando Leite de Mendes.
O final do programa era apoteótico, quando Wilton Franco, o diretor, abandonava os bastidores, surgia diante das câmaras e rezava ao vivo a Ave Maria, com o Ibope lá em cima. Jefferson ficou famoso, entrou na política e deu no que deu.

Puxa, tantos amigos têm ido embora. Dos grandes diretores com quem trabalhei, já foram Walter Clark, Hamilton Alcântara, Walter Avancini, Geraldo Casé, Fernando Barbosa Lima, Alcino Diniz, Carlos Alberto Laufler, João Loredo, a lista é longa.

Mas ainda posso contar com Mauricio Sherman, Alberto Dines, Decio Lopes, Luizinho Nascimento, Nelson Hoineff, Paulo Dionísio Viard, Nelson Pereira dos Santos e o resto da galera que ainda resiste. Ainda bem que eles estão por aqui, ensinando às novas gerações. O resto é saudade.

14 de outubro de 2012
Carlos Newton

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