"A verdade será sempre um escândalo". (In Adriano, M. Yourcenar)

"Quero imaginar sob que novos traços o despotismo poderia produzir-se no mundo... Depois de ter colhido em suas mãos poderosas cada indivíduo e de moldá-los a seu gosto, o soberno estende seus braços sobre toda a sociedade... Não quebra as vontades, mas as amolece, submete e dirige... Raramente força a agir, mas opõe-se sem cessar a que se aja; não destrói, impede que se nasça; não tiraniza, incomoda, oprime, extingue, abestalha e reduz enfim cada nação a não ser mais que um rebanho de animais tímidos, do qual o governo é o pastor. (...)
A imprensa é, por excelência, o instrumento democrático da liberdade."
Alexis de Tocqueville (1805-1859)



sexta-feira, 30 de novembro de 2012

QUEM VAI OCUPAR O "TRONO" DE "ESTADO OBSERVADOR NÃO-MEMBRO", HAMAS OU FATAH?

Se Abbas, o líder do Fatah, pisar na Faixa de Gaza, será preso ou morto e se Haniyeh, do Hamas, pisar na Cisjordânia, no mínimo vai para a cadeia.
E agora, quem vai ocupar o “trono” de “estado observador não-membro” que a ONU arranjou para a Palestina?
 
Só para lembrar, no dia 29 de novembro de 1947 a Assembleia Geral da ONU se reuniu para definir o destino do território da Palestina. Por 33 votos a favor, 13 contra e 10 abstenções, os países reunidos aprovaram a proposta russo-americana de dividir a Palestina entre judeus e árabes.
 
Presidida por Oswaldo Aranha, a Assembleia esquentou por causa da posição dos países da Liga Árabe – Egito, Síria, Líbano e Jordânia – que foram terminantemente contra a partilha e não reconheceram o novo Estado.
 
No dia do acordo, o delegado do Líbano apresentou uma proposta às pressas para tentar impedir a partilha palestina. De acordo com a proposição, seria criado um estado federado dentro do território do país, em que houve coexistência dos parlamentos árabe e hebreu. A ideia não foi aceita pelos países membros e a partilha do território foi definida.
 
Durante o período de transição entre a decisão da Assembleia e a independência dos dois Estados, a ONU definiu que o controle da Terra Santa ficaria a cargo de cinco países e as fronteiras ficariam demarcadas entre o Rio Jordão e o Mediterrâneo. Na ocasião, o secretário-geral da Liga Árabe, Abdul Haman Azzá Pashá, afirmou que a decisão das Nações Unidas significava guerra aos judeus.
 
O problema se agravou seis meses mais tarde, quando terminou o mandato britânico sobre a Palestina e foi declarada a Independência do Estado de Israel, em 14 de maio de 1948. Neste dia, os exércitos dos países da Liga Árabe invadiram o território palestino e deram início à primeira guerra árabe-israelense.
 
O resultado dessa pirraça árabe em 1947 foi o que se seguiu e se vê até hoje: guerras intermináveis (inevitáveis de qualquer maneira?) e Israel com seu território consideravelmente aumentado desde então. Quem perdeu com isso?
30 de novembro de 2012

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