"A verdade será sempre um escândalo". (In Adriano, M. Yourcenar)

"Quero imaginar sob que novos traços o despotismo poderia produzir-se no mundo... Depois de ter colhido em suas mãos poderosas cada indivíduo e de moldá-los a seu gosto, o soberno estende seus braços sobre toda a sociedade... Não quebra as vontades, mas as amolece, submete e dirige... Raramente força a agir, mas opõe-se sem cessar a que se aja; não destrói, impede que se nasça; não tiraniza, incomoda, oprime, extingue, abestalha e reduz enfim cada nação a não ser mais que um rebanho de animais tímidos, do qual o governo é o pastor. (...)
A imprensa é, por excelência, o instrumento democrático da liberdade."
Alexis de Tocqueville (1805-1859)



sábado, 8 de dezembro de 2012

SANATÓRIO GERAL DA "POLÍTICA" BRASILEIRA

Lhama-de-Franja

“Eu queria em nome de todos os países dar as boas vindas ao nosso querido presidente Evo e a todo povo boliviano que, para nós, traz para o Mercosul uma cultura diversificada, cultura dos povos indígenas que muito nos orgulha. Evo, muito bem-vindo”.

Dilma Rousseff, explicando que o Mercosul vai melhorar muito com o ingresso no clube do companheiro cacique Evo Morales, o Lhama-de-Franja, porque a Bolívia é habitada exclusivamente por tribos índigenas, até agora sem representação na única entidade do gênero que, quando entra um sócio novo, fica menor.

Bancada da gaiola

“Ele pode ser preso e ainda sim continuar a exercer seu mandato. Nada impede que os réus exerçam atividade laboral fora do sistema carcerário para depois irem para o repouso noturno”.

Ricardo Lewandowski, ao defender a preservação dos mandatos dos deputados mensaleiros condenados pelo Supremo Tribunal Federal, explicando que os parlamentares poderiam aproveitar o período da tarde para defender reivindicações dos companheiros presidiários, com os quais se reuniriam todas as noites no pátio da cadeia, em assembleias presididas pelo ministro José Eduardo Cardozo.

Cérebro baldio (2)

“A América Latina vive hoje uma era de paz e progresso que há muito tempo não vivia. Continuamos pobres e com problemas, mas há muito tempo não tínhamos esse progresso, principalmente com o aprofundamento da democracia, e a Europa, que era um berço de tranquilidade, vive uma era nervosa, apreensiva, principalmente para a juventude. Por que isso aconteceu? Porque muitos políticos terceirizaram a política e a política não pode ser terceirizada”.

Lula, refugiado em Berlim para escapar do escândalo protagonizado pela companheira Rose, no discurso que alguém escreveu, ensinando aos participantes de um encontro de metalúrgicos que a Venezuela é um exemplo de nação em paz, que o PIB do Brasil vai imortalizar Guido Mantega, que Cuba está cada vez mais democrática, que até tranquilidade tem berço, que a Europa só vai livrar-se do nervosismo quando ficar parecida com a Nicarágua e que toda essa confusão aconteceu por causa da terceirização da política, coisa que ninguém descobriu até agora o que é.

Cérebro baldio

“Eu temo que na Europa vocês comecem a negar a União Europeia, que é um patrimônio da humanidadade, ela superou 1.500 anos de conflitos”.

Lula, tentando escapar do caso Rose em Berlim, no trecho da discurseira em que ensinou aos participantes de um congresso de metalúrgicos que, entre o Dia da Criação e o século V, não houve na Europa nenhum conflito a superar.

Professor doidão

“Eu acho que tem gente no mundo que não quer paz, quem quer paz é o povo, mas tem governante que precisa da discórdia para poder ser importante, se não, não teria nenhuma explicação a gente não ter paz no Oriente Médio. A mesma ONU que criou o Estado de Israel, por que que não cria o Estado palestino?”

Lula, nesta sexta-feira, em Berlim, sem conseguir disfarçar o alívio por não ser obrigado a comentar o caso Rose, ensinando a alguns líderes do SPD, o partido democrata alemão, que o conflito entre judeus e palestinos é uma espécie de Fla-Flu que começou muitos séculos antes da inauguração do Maracanã.

Negociante sem tempo

“Só sai meu nome na imprensa. Estou precisando trabalhar e vocês não estão deixando”.

José Weber Holanda, ex-subchefe da Advocacia Geral da União, na entrevista ao Globo, acusando a imprensa de tomar-lhe o tempo que dedicava à administração da fábrica de pareceres criminosos e do armazém de ilhas.

08 de dezembro de 2012~
Augusto Nunes

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