"A verdade será sempre um escândalo". (In Adriano, M. Yourcenar)

"Quero imaginar sob que novos traços o despotismo poderia produzir-se no mundo... Depois de ter colhido em suas mãos poderosas cada indivíduo e de moldá-los a seu gosto, o soberno estende seus braços sobre toda a sociedade... Não quebra as vontades, mas as amolece, submete e dirige... Raramente força a agir, mas opõe-se sem cessar a que se aja; não destrói, impede que se nasça; não tiraniza, incomoda, oprime, extingue, abestalha e reduz enfim cada nação a não ser mais que um rebanho de animais tímidos, do qual o governo é o pastor. (...)
A imprensa é, por excelência, o instrumento democrático da liberdade."
Alexis de Tocqueville (1805-1859)



quarta-feira, 6 de março de 2013

DO 'CUMPANHERU' PARA O 'CUMPANHERU' PELOS 'CUPANHERU': PETEBRAS ELEVA GASTO COM PESSOAL, APESAR DE LUCRO MENORL

https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjx8rA29C49mS0vzsw-0nFDRu2papleV6Q9pYczqz8eayY1UfUCXGNLSk0spsfqp2Xnpij7yxzW0E3vWs7jbskWr7ONVb8Dd6RwvatlXvecTJlb4HPxtD3FhEgyqXBvj_shqyafZwRJ2qXM/s400/cabide-de-emprego.jpg

O lucro e a produção de petróleo da Petrobras caíram no ano passado e a estatal anunciou um programa de contenção de custos, mas ainda assim a empresa contratou mais empregados e ampliou sua folha de pagamento.
A estatal concedeu reajuste salarial acima da inflação e ampliou benefícios para seus empregados.
Em apenas um ano, a folha subiu 17,3%, em termos nominais (sem considerar a inflação). Mesmo descontado o aumento dos preços, o índice é elevado, já que o IPCA de 2012 foi de 5,84%.
Na média, a despesa real da indústria com pessoal cresceu 4,3%, segundo o IBGE.
De 2008 a 2012, a folha de pagamento total da Petrobras subiu de R$ 12,9 bilhões para R$ 21,7 bilhões alta de 67,7%, mais que o dobro do IPCA do período (31,9%).
Segundo a estatal, as despesas maiores se devem ao aumento de 14% do efetivo no período e à política salarial. O ganho real dos empregados foi de 3% em 2012.
Além disso, contribuíram o aumento de custos referentes a benefícios (educacionais, plano de saúde, previdência complementar) e a melhora do sistema de progressão na carreira (promoções).
As contratações, de acordo com a estatal, foram necessárias para repor empregados que se aposentavam e dar suporte para o investimento crescente e a implantação de novos projetos.
"De 2008 a 2012, os investimentos da alcançaram R$ 357 bilhões. A execução desses investimentos só foi possível graças à recomposição de pessoal a partir de 2001", diz a Petrobras.
Já os ganhos reais e os benefícios mais atraentes, diz, decorrem da "necessidade de reter e atrair profissionais num cenário aquecido de disputa por mão de obra".
A estatal diz que seu programa de corte de custos "não abrange, neste momento, processos de gestão, entre eles o de pessoas".
O foco é reduzir despesas operacionais, como pagamentos a fornecedores e aluguéis de equipamentos.
Para especialistas, o custo adicional com pessoal torna-se um problema no momento em que a companhia não consegue ampliar sua produção e gerar mais caixa e sofre com o peso do endividamento em expansão.
"O setor de petróleo é competitivo e todas as empresas sentem o aumento do custo da mão de obra em escala global. Mas o que falta nessa equação, no caso da Petrobras, é elevar a produção, o que não ocorreu", diz Luiz Caetano, da corretora Planner.
Adriano Pires, da consultoria CBIE, diz que a Petrobras seria "inadministrável", caso fosse privada. "Uma empresa só pode contratar se tiver geração de caixa."
Editoria de Arte/Folhapress

 
Folha OnLine
06 de março de 2013

Nenhum comentário:

Postar um comentário