"A verdade será sempre um escândalo". (In Adriano, M. Yourcenar)

"Quero imaginar sob que novos traços o despotismo poderia produzir-se no mundo... Depois de ter colhido em suas mãos poderosas cada indivíduo e de moldá-los a seu gosto, o soberno estende seus braços sobre toda a sociedade... Não quebra as vontades, mas as amolece, submete e dirige... Raramente força a agir, mas opõe-se sem cessar a que se aja; não destrói, impede que se nasça; não tiraniza, incomoda, oprime, extingue, abestalha e reduz enfim cada nação a não ser mais que um rebanho de animais tímidos, do qual o governo é o pastor. (...)
A imprensa é, por excelência, o instrumento democrático da liberdade."
Alexis de Tocqueville (1805-1859)



sábado, 6 de abril de 2013

E SE O XISTO SUBSTITUIR O OURO NEGRO?


Sugestão do Leitor

Caro leitor, neste espaço, você pode participar da produção de conteúdo em conjunto com a equipe do Opinião e Notícia. Sugira temas para pautas preenchendo os campos abaixo. Participe!
article image
Fragmentos de xisto (Reprodução/Internet)
Se isso acontecer surgirão inevitavelmente mudanças radicais na geopolítica do petróleo

As abundantes jazidas de gás de xisto permitirão aos Estados Unidos se tornarem autossuficientes neste combustível talvez em médio ou longo prazo.
Podem até passar da condição de os maiores importadores de petróleo do mundo à de um dos maiores exportadores de xisto bruto, gasolina e gás extraídos do mesmo.
Suponhamos que isso realmente aconteça e surgirão inevitavelmente mudanças radicais na geopolítica do petróleo.

Os países árabes e a Venezuela, verdadeiras monoculturas do petróleo – sua única mercadoria de exportação, que vendem até para poder comprar comida – sofrerão uma crise mais aguda do que a Grande Depressão dos terríveis anos 30.

As consequências dessa crise seriam imprevisíveis. Talvez só não seja tão atingido por ela Dubai (Emirados Árabes), que há bastante tempo criou uma indústria de turismo de luxo, com seus hotéis mais imponentes e requintados do que qualquer hotel europeu e/ou americano.

Mas o que aconteceria com a Arábia Saudita, o Iraque, o Kwait e a Venezuela de Chávez, um pais muito pobre, mas que é o sexto exportador de petróleo bruto do mundo?! Quais seriam os efeitos desses países perderem seu maior comprador e outros que passariam a comprar xisto dele? Ficariam na miséria?

Não necessariamente, pois contariam ainda com um grande comprador: a China, supondo que esta mesma não contasse com grandes jazidas de xisto, coisa que não sabemos dizer se ela possui ou não.

Quanto ao Brasil, ele é um dos países possuidores de grandes jazidas de xisto e poderia se tornar autossuficiente neste combustível. Haveria apenas uma pequena mudança: em lugar da Petrobras surgiria a Xistobras, e o antigo refrão sofreria apenas uma pequena mudança: O xisto é nosso!

* Trechos selecionados do artigo de Mario Guerreiro publicado no Instituto Millenium, parceiro do Opinião e Notícia

06 de abril de 2013
Mario Guerreiro

Fontes:Instituto Millenium - E se o xisto substituir o ouro negro?

Nenhum comentário:

Postar um comentário